Chávez mantém estreita relação com Fidel e planeja visita
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, mantém “boa” comunicação com seu colega cubano, Fidel Castro, e pretende viajar a Havana em dezembro para inaugurar uma refinaria que será operada conjuntamente pelos dois países. A informação foi dada pelo embaixado
Publicado 15/09/2007 16:16
“A princípio é o que está previsto (mas) depende da agenda, é um ato importante”, disse Rodríguez sobre a possível visita de Chávez, principal aliado e amigo de Fidel na região — e que se tornou o “porta-voz informal” do presidente convalescente.
Entre Fidel e Chávez, “há sempre muita boa comunicação”, disse o diplomata à imprensa. Chávez visitou Havana pela última vez em 12 de junho, passando seis horas reunidos com o presidente cubano e depois assegurando que Fidel “estava quase totalmente recuperado”.
Fidel, de 81 anos, permanece afastado do governo e da cena pública há mais de 13 meses após uma crise intestinal. Desde então o líder cubano — que delegou provisoriamente o poder a seu irmão Raúl — foi visto em fotos e vídeos, vários deles com o venezuelano e o último há mais de três meses.
Cuba e Venezuela, impulsores do projeto integrador Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas), formaram em abril uma empresa mista para reativar uma refinaria em Cienfuegos, a 250 quilômetros ao leste de Havana, com um investimento entre US$ 800 e US$ 1 milhão.
Sem mausoléu
Fidel fez saber aos cubanos que, quando morrer, não quer que seu corpo seja colocado em um mausoléu. Em entrevista publicada hoje pelo Diário de Notícias, o diretor do jornal oficial cubano Granma, Lázaro Barredo Medina, disse que essa “é a vontade de Fidel”.
Barredo acrescentou que, depois da morte de Fidel, “não haverá mudanças” no sistema de governo, porque existe “uma direção colegiada”. “O povo cubano sofrerá uma dor terrível do ponto de vista sentimental, mas Cuba estaria muito mal se dependesse da existência de um homem.”
Segundo o diretor do Granma — que também é deputado no Parlamento cubano —, Fidel “assessora a direção do país e participa de todas as decisões”. Acrescentou que acha que o líder cubano “não poderá retornar a seu anterior atividade contínua, porque dessa maneira não duraria muitos mais anos”.