Base do governo deve aumentar no Senado; oposição mingua
Começa hoje a debandada de senadores eleitos pela oposição rumo à base do governo, o que pode garantir maioria qualificada do Palácio do Planalto na Casa – podendo, teoricamente, chegar a 51 senadores. – número suficiente para aprovar emendas constituc
Publicado 25/09/2007 18:37
O primeiro a sair deve ser o senador César Borges (BA), eleito com o apoio de Antonio Carlos Magalhães, que vai deixar o partido para ingressar no PR. Seu primeiro voto com o governo será pela indicação de Luiz Antonio Pagot para a diretoria-geral do DNIT, que está parada no Senado por conta da obstrução da oposição.
Pelos cálculos do governo, pelo menos mais três senadores devem seguir o caminho rumo ao governo Lula: Edison Lobão (MA), ligado à família Sarney; Romeu Tuma, que tem um filho Tuma Junior como Secretário de Justiça do Ministério da Justiça e Aldemir Santana, que é suplente do vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio. A lista ainda pode aumentar com Demóstenes Torres, que pretende abrir espaço na política goiana em outro partido. Ele já conversou com o presidente Lula sobre o assunto.
– Vou me desfiliar hoje. Faço uma cartinha e mando para o presidente do partido, lá na Bahia – disse César Borges. A carta será dirigida ao ex-governador Paulo Souto, hoje desafeto político de Borges.
O esforço do governo é chegar a três quintos do Senado para assegurar, com tranquilidade, a votação da prorrogação da CPMF. Com estas novas adesões, que podem acontecer todas ainda hoje e, ainda, ampliar.
Cesar Borges disse que vai para a base do governo, mas ainda não assegura seu voto a favor da CPMF. Ele disse ter posição clara contrária ao chamado imposto do cheque, mas poderia votar a favor se o governo demonstrar “flexibilidade” – aceitando reduzir outros impostos ou a alíquota da CPMF.
Fonte: Blog da Cristiana Lobo