CPI avalia sistema carcerário do Distrito Federal
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Carcerário da Câmara dos Deputados realizou audiência pública nesta terça-feira para discutir as características do sistema carcerário do Distrito Federal.
Publicado 16/10/2007 18:26 | Editado 04/03/2020 16:42
Foram convidados o subsecretário do Sistema Penitenciário do DF, Anderson Jorge Damasceno Espíndola; o diretor de Operações Especiais do Sistema Penitenciário do DF, Luiz Mauro de Albuquerque; e o assessor da Gerência de Engenharia e Arquitetura da Secretaria de Justiça do DF Nathaniel Peregrino Bloomfield.
Opinião do GDF
O diretor de Operações Especiais do Sistema Penitenciário do DF, Luiz Mauro de Albuquerque, disse que a disciplina é um requisito para a segurança dos presos e dos profissionais que trabalham nos presídios. Segundo ele, não é necessário o uso de violência para garantir essa disciplina, mas apenas empregar a técnica apropriada.
Crime organizado
O diretor afirmou que 70% dos presos são coagidos a entrar para o crime organizado enquanto cumprem pena. Outros 20% querem realmente participar de organizações criminosas (os chamados “pilhas”) e 10% são os líderes dessas organizações.
Para evitar o contato desses 70% com o crime organizado, Albuquerque disse que é necessário colocar os internos para trabalhar. Ele afirmou, porém, que isso ainda não ocorre no Distrito Federal, mas já há condições para começar.
No encerramento da reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Carcerário, o subsecretário do Sistema Penitenciário do Distrito Federal, Anderson Jorge Damasceno Espíndola, reconheceu a falta de equipes para o tratamento de saúde de presos. Ele observou que o sistema de saúde tem como base uma equipe multidisciplinar para cada 500 pessoas. No entanto, só há nove equipes, enquanto seriam necessárias 16.
Espíndola observou ainda que os presos são atendidos ultimamente por um único psiquiatra voluntário. “O sistema de saúde não tem como ceder outros, pois só possui 62 em todo o Distrito Federal.”
Com informações da Agência Câmara