II Congresso Estadual da UBM discutirá políticas públicas para mulheres
O II Congresso Estadual da União Brasileira das Mulheres – UBM acontecerá durante a manhã e tarde de amanhã (27), com início às 8h30min, no Centro de Humanidades da Universidade Estadual do Ceará – UECE. A idéia é discutir com os movimentos de mulheres e
Publicado 26/10/2007 20:07 | Editado 04/03/2020 16:37
Uma das coordenadoras da UBM, Francileuda Soares, conta que o II Congresso Estadual da UBM acontece num período de muitos embates políticos e econômicos. “Momento em que precisamos enfrentar debates com as forças conservadoras que querem dizer não, por exemplo, à Lei Maria da Penha. Precisamos dizer aos quatro cantos deste país que só há vida sem violência”, contesta a coordenadora.
Segundo dados da UBM, hoje as mulheres já representam mais da metade da população brasileira, chefiando mais de 30% das famílias. Francileuda acrescenta que, ainda assim, não há acesso universal à saúde e à educação e que as mulheres são as maiores vítimas da violência de gênero. “Nossas condições de trabalho ainda são piores que as dos homens, ainda não conseguimos dividir com eles e com o poder público as grandes responsabilidades do trabalho de reprodução social. Avançamos, é verdade, mas ainda há muito que conquistar. E isso tudo será discutido nesse nosso congresso”, expõe Francileuda.
Além de toda a avaliação a respeito da participação da mulher no plano político e social estadual e nacional, o encontro elegerá a nova Coordenadoria Estadual e os delegados para o Congresso Nacional da UBM, que acontecerá de 22 a 25 de novembro próximo, em Luziânia, Goiás.
Participarão do II Congresso Estadual da UBM representantes da Delegacia das Mulheres, Centro Socorro Abreu, Associação das Defensorias Públicas do Estado do Ceará, Conselho Cearense dos Direitos da Mulher, Coordenadoria de Políticas Públicas para Mulher, Rede Comunitária de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Federação de Entidades de Bairros e Favelas de Fortaleza, União da Juventude Socialista – UJS e parlamentares.
União Brasileira das Mulheres
Criada em 1988, a UBM surge após vinte anos de Ditadura Militar, em seu 1º Congresso realizado em Salvador, Bahia, com a participação de 1.200 ativistas de todo o país. Como entidade feminista, desenvolve ações políticas e mobilizações sociais que priorizam a participação das mulheres na política e no espaço de poder, na geração do trabalho e no fortalecimento da corrente emancipacionista. Filiada à Rede Nacional Feminista de Saúde e Direitos Reprodutivos, a UBM conta hoje com núcleos em 20 estados, que recebem mulheres trabalhadoras, donas de casa e estudantes.
De Fortaleza,
Caroliny Braga