Ministério Público Federal vê indício de abuso nas perícias médicas de Porto Alegre
O procurador-chefe do Ministério Público Federal (MPF) da 4ª Região, Humberto Jacques de Medeiros, admitiu, ao receber denúncia do SindBancários e do Fórum Sindical de Saúde do Trabalhador (FSST), que
Publicado 25/11/2007 22:08 | Editado 04/03/2020 17:12
As entidades mantêm forte mobilização por respeito a direitos e pelo fim de constrangimentos. Medeiros mostrou sensibilidade ao problema e que conhece a alta incidência de doenças vinculadas ao trabalho. Os abusos também foram denunciados ao Ministério Público Federal de primeira instância e ao Conselho Regional de Medicina. O procurador-chefe do MPF da 4ª Região (segunda instância e que abrange o Estado, Santa Catarina e Paraná) adiantou que, se confirmado o abuso, podem caber medidas contra a instituição (no caso o INSS) e os profissionais. Ele se comprometeu a fazer um relatório com as informações prestadas pela comissão de sindicalistas. Um documento com relatos dos constrangimentos feitos por trabalhadores – em sua maioria bancários – foi entregue a Medeiros. As queixas incluem a imposição pelo perito para que a pessoa tire a roupa para exame de dores em braços, pescoço e coluna. Seria estratégia para intimidar o segurado. Também laudos e exames sofisticados, com diagnóstico da doença e da gravidade (que justifica o afastamento do trabalho para tratamento), são ignorados nas perícias do INSS. Fonte: Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região