PDT quer chapa própria ao GDF

Partido avalia que errou ao não lançar candidato em 2006 e quer mudar estratégia para ocupar espaço político.Cristovam Buarque, Ezequiel Nascimento e José Antônio Reguffe são os mais cotados.

A praticamente três anos das eleições de 2010, o PDT local está afoito para consolidar candidatura própria ao Governo do Distrito Federal. Como todas as vezes em que o partido se reúne, ontem, durante a convenção regional da sigla para eleger novo diretório o tema voltou ao debate. Dirigentes pedetistas avaliam que a legenda errou ao abrir mão de lançar um nome ao GDF no ano passado e se preparam para não repetir a dose. “Erramos quando desistimos da disputa. Se tivéssemos mantido a candidatura, haveria chance de segundo turno e nossa relação com o governo Arruda (José Roberto) não seria tão limitada”, avalia o presidente reeleito do PDT, senador da República Cristovam Buarque.


 


Cristovam é o nome mais citado entre os pedetistas para liderar a chapa do partido ao governo local. A primeira opção do político que concorreu à presidência da República em 2006 seria voltar aos palanques para tentar de novo o Palácio do Planalto. A alternativa, no entanto, não faz parte dos planos da executiva nacional do partido. Com isso, a candidatura regional torna-se a mais viável. O único inconveniente citado pelo pedetista é o constrangimento de brigar com antigos aliados. “A disputa pelo GDF é uma possibilidade, mas confesso que ainda sinto desconforto de enfrentar as pessoas que sempre me apoiaram”, diz o senador.


 


E mesmo que o PDT não vá de Cristovam, há mais partidários de olho na vaga. Um deles, o primeiro vice-presidente eleito da legenda, Ezequiel Nascimento. Ele seria candidato ao GDF em 2006, mas o partido desistiu de lançá-lo em função de um acordo com Arruda, que liderava as pesquisas. “Hoje o PDT está no hall dos pequenos partidos, não tem influência nenhuma no governo. A forma de reverter isso é conquistar espaço pelas urnas”, diz Ezequiel. Apesar de não admitir a hipótese, o distrital José Antônio Reguffe também gosta de ter o nome vinculado às eleições para o Executivo. “Não tenho essa pretensão, mas ser cotado como candidato ao governo é uma forma de reconhecimento”, acredita.


 


Fonte: Correio Braziliense