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Cristina denuncia ''operação lixo'' dos EUA contra Argentina

A recém-empossada presidente da Argentina, Cristina Fernández  de Kirchner, qualificou nesta quinta-feira (13) como uma ''operação lixo'' as alegações do governo dos Estados Unidos, sobre suposto financiamento ilegal venezuelano à sua campanha eleito

''Mais que países amigos, querem países empregados e subordinados'', avaliou a presidente. ''Com essa forma de operar a política regional, quero dizer a eles que não vão conseguir resultados. Esta presidente pode ser mulher mas não vai se deixar pressionar, disse Cristina durante um ato na Casa Rosada (sede do governo). O discurso duro e incisivo, embora sem citar os Estados Unidos pelo nome, foi visto como estréia do estilo da presidente, que tomou posse nesta segunda-feira após vencer no primeiro turno a eleição presidencial.



Indicação tragicômica



''Há lixões da política internacional que, mais que indicar crescimento ou desenvolvimento, indicam tragicomicamente a involução do desenvolvimento das relações internacionais'', disse ainda Cristina. A cerimônia em que as declarações foram feitas destinava-se justamente a lançar um plano de erradicação e limpeza de lixões na área de Matanza-Riachuelo.



As afirmações foram uma resposta à detenção de quatro indivíduos em Miami, EUA, acusadas de pressionar o empresário venezuelano Antonini Wilson para que ele não revelasse o destino dos US$ 800 mil com que tentou entrar na Argentina. O episódio foi explorado durante a campanha eleitoral pela oposição conservadora, que denunciou um suposto financiamento ilegal da campanha de Cristina por forças ligadas ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, hoje o principal alvo sul-americano dos ataques de Washington.



Relações com a Venezuela



Depois das detenções em Miami, o Departamento de Justiça dos EUA divulgou um comunicado dando apoio à versão eleitoral. Segundo os textos, o dinheiro, conforme os detidos, destinava-se à campanha de um candidato presidencial, não identificado.



Cristina foi igualmente explícita ao reafirmar a relação da Argentina com a Venezuela de Hugo Chávez. ''Vou continuar afirmando nossa relação de amizade com nossos países latino-americanos e também com a Venezuela. Vou continuar afirmando a necessidade de aprofundar e ampliar o Mercosul'', avisou.



Da redação, com agências