Universidade Federal será conhecida em Janeiro
O projeto de lei que cria a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) deve ficar pronto até o final de Janeiro de 2008. A Comissão de Projetos da nova instituição trabalha no programa, que depois de finalizado segue para avaliação do Congresso Nacio
Publicado 18/12/2007 19:12 | Editado 04/03/2020 17:12
A sede proposta pela comissão é em Chapecó, Santa Catarina, mas também serão implementadas unidades nos municípios de Erechim e Cerro Largo, no Rio Grande do Sul, e em Laranjeiras do Sul, no Paraná. No entanto, a professora Maria Andréia Maciel Nerling, que participa no grupo de trabalho afirma que o projeto garante a expansão da universidade. Em quatro anos, pretende-se criar mais 30 cursos, gerando 10 mil vagas.
“O Movimento Pró-Universidade esteve em uma audiência na Comissão de Educação da Câmara, onde apresentamos o projeto e pedimos a contribuição dos deputados no sentido de viabilizarem a tramitação. A gente sabe que isso significa muitas vezes uma demora ou um entrave no encaminhamento do projeto. A Mesorregião tem mais ou menos 4 milhões de habitantes e mais de 400 municípios, com um vazio de estudo superior público”, diz.
Maria Andréia explica que o diferencial da nova instituição está em atender às necessidades dos pequenos agricultores e promover o desenvolvimento local. Para isso, todos os campus terão cursos de ciências agrárias, com ênfase na agricultura campesina e na agroecologia. Os campus do Paraná terão cursos específicos nas áreas de Ciências Sociais e Cooperativismo; em Santa Catarina, ficam as Ciências da Saúde e, no Rio Grande do Sul, as Ciências Tecnológicas. A expansão da universidade prevê ainda campus nas cidades gaúchas de Passo Fundo, Soledade, Lagoa Vermelha e Ijuí, nas catarinenses Concórdia e São Miguel do Oeste e na paranaense Francisco Beltrão.
A estrutura curricular ainda não foi definida, mas a comissão estuda o funcionamento em ciclos, com um básico e outro profissionalizante. “A gente está discutindo a idéia de que ela tenha uma estrutura curricular diferente e uma forma de ingresso mais justo. Que a gente consiga superar o vestibular, fazendo com que os estudantes das escolas públicas tenham mais acesso à universidade pública”, afirma.
O grupo de trabalho é composto por 11 integrantes do Movimento popular Pró-universidade e 11 indicados pelo Ministério da Educação (MEC).