Exército colombiano impossibilita soltura de presos das Farc
Em um comunicado entregue nesta segunda-feira (31) ao presidente venezuelano Hugo Chávez, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), apontam a impossibilidade de realizar a soltura dos seus prisioneiros, diante da intensa movimentação do Exérci
Publicado 31/12/2007 19:13
O presidente venezuelano leu o comunicado em um programa de TV. A informação foi enviada nesta segunda-feira (31) pelos guerrilheiros ao presidente venezuelano, Hugo Chávez.
“Senhor presidente, as intensas operações militares na zona (em território colombiano) nos impedem por hora de entregar ao senhor Clara Rojas, Emmanuel e Consuelo Gonzalez, como era nosso desejo”, diz a nota lida por Chávez em um programa de televisão.
Segundo a nota, os guerrilheiros alertaram que “insistir na entrega seria colocar a vida dos prisioneiros e dos designados a cumprir a missão em risco.”
“Diante da situação, se gerou uma pressão adicional” sobre os “delegados” da Operação Emmanuel, afirmou Chávez. “Existem alguns que querem e estão fazendo o possível para que a operação humanitária seja abortada”, acrescentou o presidente.
“O comissário (colombiano para a Paz, Luiz Carlos Restrepo) está ignorando as dificuldades próprias” da missão, manifestou e acrescentou que “os guerrilheiros não são suicidas, tem a missão de entregar essas pessoas sãs e salvas”.
Em relação aos prazos para a Operação Emmanuel, Chávez afirmou que não acredita que “seja bom pensar em um prazo”. “Este é um processo em andamento”, concluiu.
Para permitir a entrega dos três seqüestrados, Hugo Chávez defendeu um cessar-fogo unilateral. O governante venezuelano disse que estava “quase certo” de que os delegados internacionais da operação para receber os prisioneiros cogitaram esta hipótese em reunião que tiveram nesta segunda em Villavicencio com o presidente colombiano, Álvaro Uribe.
Uribe seguiu para a localidade na manhã desta segunda-feira, aparentemente para “ratificar pessoalmente” aos delegados dos sete países e ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) as “garantias” para a soltura dos prisioneiros da guerrilha.
As Farc anunciaram que soltariam as três pessoas presas em desagravo aos seus familiares, ao presidente Hugo Chávez e à senadora colombiana Piedad Córdoba, cujas gestões para um acordo humanitário foram canceladas abruptamente em 21 de novembro.