Entrevista: para CTB-BA o maior desafio é reduzir jornada
Coordenador estadual da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) e o diretor de Comunicação do Sindicato dos Bancários da Bahia, Adilson Araújo, tem a tarefa de conduzir os primeiros passos da entidade no estado. Em entrevista ao Jornal O Bancár
Publicado 04/01/2008 17:09
Leia abaixo a entrevista na íntegra.
É verdade que você é um dos prováveis candidatos a presidente da CTB-BA?
Adilson Araújo – Com certeza. Acredito que na condição de coordenador estadual receberei o apoio dos diversos segmentos que compõem a Central. Considero que com uma política ampla e participativa faremos um bom trabalho.
Qual o principal desafio que se coloca para a CTB logo após a fundação?
AA – A luta pela redução da jornada de trabalho sem diminuição de salário, o combate ao conservadorismo da política macroeconômica do governo e a construção de um novo projeto de desenvolvimento com valorização do trabalho são bandeiras estratégicas para a nossa ação sindical.
Quais os principais problemas hoje para o movimento sindical?
AA – Os trabalhadores vivem constantemente sob ameaça de seus direitos. O desemprego, a fragilidade da legislação trabalhista, a precarização do trabalho e as práticas anti-sindicais são alguns dos dilemas.
Qual o peso que a CTB terá no sindicalismo brasileiro?
AA – Nascemos com mais de 700 sindicatos filiados. Esse número nos coloca na condição de 3ª maior do país e 2ª maior em representatividade. Tudo fruto de uma atitude madura, de uma política ajustada, plural e democrática.
A criação da CTB divide a organização do movimento sindical?
AA – A luta dos trabalhadores já não passa mais por uma única central sindical. O movimento sindical precisa ser capaz de unificar sua base social, aglutinando e conscientizando a classe.
O que o trabalhador ganha com a fundação da CTB?
AA – Uma central autônoma e independente perante patrões e governo. Uma entidade com olhar crítico, protagonista de grandes lutas e resistências na defesa dos direitos e conquistas dos trabalhadores.
Fonte: Jornal O Bancário