Farc dizem estar sem Emmanuel e acusam Uribe de seqüestrá-lo
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) reconheceram que não estavam com Emmanuel, filho da refém Clara Rojas, nascido em cativeiro. Em um comunicado difundido pela Agência Bolivariana de Notícias (ABN), o grupo guerrilheiro diz que separou a
Publicado 06/01/2008 12:37
“A opinião pública nacional e internacional entende muito bem que Emmanuel não poderia estar no meio de operações bélicas do Plano Patriota, dos bombardeios e combates, da mobilidade permanente e das restrições na selva. Por isso, esse menino, de pai guerrilheiro, estava localizado em Bogotá, sob os cuidados de pessoas honradas enquanto se firmava o acordo humanitário”, diz a nota.
Ainda de acordo com o documento, as Farc garantem que o filho de Rojas “seria entregue, junto a sua mãe, ao presidente da Venezuela”, mas as operações militares, de acordo com eles, impediram essa entrega.
“Uribe, que já seqüestrou na capital as provas de vida que iam ao destino do presidente Hugo Chávez, seqüestra agora Emmanuel”, diz a nota.
Comemoração
Os rebeldes reiteraram, ainda, sua decisão de pedir a desmilitarização de dois municípios do sudeste do país, onde negociariam com o governo o resgate dos reféns, proposta recusada pelo presidente colombiano.
Já o ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, comemorou o comunicado das Farc. “Recebemos com alegria, pois aqui existem três notícias importantes. Primeiro, que Emmanuel logo estará com sua família, quem sabe com sua mãe. Segundo, que o presidente Álvaro Uribe disse toda a verdade e sua hipótese se mostrou correta. E terceiro, que as Farc reconhecem sua mentira”, afirmou o ministro.
Segundo o governo colombiano, exames preliminares de DNA do garoto colombiano Juan David Gómez Tapiero dão “altas probabilidades” de que ele seja Emmanuel.