Europa vê diversas manifestações contra base de Guantánamo
Diversas manifestações marcaram nesta sexta-feira (11) o sexto aniversário da abertura do campo de detenção norte-americano de Guantánamo, em diversas capitais européias, principalmente em Londres, onde dezenas de manifestantes reproduziram as condições d
Publicado 11/01/2008 14:55
Vestindo uniformes de cor laranja, parecidos com os dos prisioneiros do campo, os manifestantes protestaram nas proximidades da embaixada dos Estados Unidos em Londres.
Os “detentos” estavam cercados por “guardas” com uniformes militares, alguns com cães, que davam diversas ordens como a de pôr as mãos na cabeça. A manifestação foi organizada pela Anistia Internacional, que exige o fechamento do campo localizado na base naval americana de Guantánamo, em Cuba. O campo recebeu seus primeiros prisioneiros da “guerra contra o terrorismo” no dia 11 de janeiro de 2002.
Na quinta-feira à noite, duas jaulas de aço, cujas dimensões correspondem às das celas do campo, foram colocadas em frente à embaixada americana em Londres. Durante toda a noite, militantes vestidos com roupas cor de laranja se revezaram nas celas. A Anistia denuncia o fato de que o campo “continua a existir em um vazio jurídico”, que 275 pessoas ainda estejam detidas lá “fora de qualquer legislação”, e pede seu “fechamento imediato”, explicou à AFP Sarah Burton, uma diretora da organização de defesa dos Direitos Humanos.
Manifestações similares foram realizadas por toda a Europa: em Roma, entre 30 e 40 pessoas se reuniram, levando bandeirolas com as inscrições “Fechem imediatamente Guantánamo” ou “Ponham fim às detenções ilegais”.
Em Atenas, 12 militantes se manifestaram diante do Parlamento grego. Com os olhos vendados e alguns acorrentados, eles estavam ajoelhados sobre um falso gramado com espreguiçadeiras, sob uma placa indicando “Guantánamo, hotel 50 estrelas”.
Uma manifestação também será realizada nos Estados Unidos no National Mall em Washington para exigir ao governo Bush o fechamento do campo. Um documento neste sentido assinado por 1.100 parlamentares do mundo inteiro e por cerca de 100.000 cidadãos americanos deve ser enviado à Casa Branca, segundo a Anistia.
Fonte: AFP