Sem categoria

Conselho de Segurança da ONU se reúne por situação de Gaza

O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reúne nesta segunda-feira para tratar da delicada situação da Faixa de Gaza, que enfrentava um bloqueio de Israel, indicou Marie Okebo, porta-voz da ONU. Okebo afirmou que o corpo de 15 membros irá se reunir às

A Faixa de Gaza, onde mais de 1,5 milhão de residentes dependem de ajuda externa, esteve bloqueada desde terça-feira, quando Israel fechou todos os postos de passagem para o território como resposta aos contínuos ataques com foguetes vindos da área. A agência das Nações Unidas para os refugiados palestinos (UNRWA) advertiu que se o bloqueio continuar, será obrigada a interromper a distribuição de alimentos às centenas de milhares de habitantes.



“Esperamos ver hoje uma decisão positiva”, afirmou Richard Miron, porta-voz de Robert Serry, o enviado da ONU ao Oriente Médio.


Na semana passada,a ONU criticou Israel por estar punindo coletivamente os palestinos. “Fico profundamente preocupado com o fechamento por Israel de todos os pontos de passagem entre Gaza e Israel, porque eles são uma linha vital para a entrega de assistência humanitária e outros bens a Gaza”, afirmou O subsecretário-geral de assuntos humanitários da ONU, John Holmes.



“Esse tipo de ação contra o povo de Gaza não pode ser justificada, nem pelos ataques de foguetes”, afirmou.
 
A União Européia também ensaia uma reação às atrocidades cometidas por Israel contra os palestinos. O chefe da diplomacia portuguesa afirmou esta segunda-feira que a UE deve tomar uma decisão sobre a situação na Faixa de Gaza, que contraria o acordo feito na conferência de Annapolis (EUA) de Novembro.


“A União Europeia deve tomar uma decisão em relação a uma situação dramática que diz respeito a todos e que não está no espírito de Annapolis”, disse Luís Amado, em Rabat, onde participou numa reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros do chamado Grupo 5+5 (países europeus e africanos do Mediterrâneo Ocidental).


“Todas as partes foram à [conferência internacional sobre o Médio Oriente que decorreu em Annapolis e concordaram que a via da moderação á a única capaz de resolver o problema”, sublinhou Amado.



“Se alguém não o aceita deve dizê-lo francamente porque a comunidade internacional está a fazer um grande esforço para resolver um problema histórico que diz respeito a todos e em relação ao qual todos têm responsabilidade”, concluiu o ministro dos Negócios Estrangeiros português.



Situação dramática



A situação na Faixa de Gaza é dramática. Hospitais da região ficarão sem remédios e sem combustível para seus geradores de energia dentro de alguns dias se Israel não aliviar o bloqueio imposto ao território, afirmaram na segunda-feira organizações internacionais.



Moradores da empobrecida região acordaram na segunda-feira para ver as ruas de suas cidades quase desprovidas de veículos e as lojas fechadas, já que a gasolina começou a faltar desde que Israel fechou os postos de fronteira da Faixa de Gaza na sexta-feira.



“Não há combustível, o que significa dizer que não há trabalho”, afirmou Abu Mahmoud, um pescador. “Já enfrentamos tempos difíceis antes, mas nunca piores do que os atuais.”


Michele Mercier, porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, disse que os hospitais do território “ainda possuem estoques”. “Mas eles não durarão mais que dois ou três dias”.



Tripudiando sobre a desgraça palestina



Não contente em ordenar as ações terroristas do estado judeu contra o povo palestino, o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, ainda tripudiou sobre a desgraça alheia.



Sem aparentar nenhum constrangimento, ele afirmou que os habitantes da Faixa de Gaza “podem caminhar”, depois que a principal central elétrica do território parou sua atividade devido à falta de combustível, e já não resta mais nem para abastecer os veículos.



“No que diz respeito a mim, todos os residentes de Gaza podem andar, mas se não têm gasolina para seus veículos é por culpa de um Governo criminoso que não permite que a população do sul de Israel viva em paz”, disse Olmert, segundo informou a rádio pública israelense.


“De nenhuma maneira deixaremos que a vida em Gaza seja confortável e agradável”, disse Olmert, usando palavras que poderiam muito bem ser comparadas ao pensamento do líder nazista Adolf Hitler.



Da redação,
com agências