Messias Pontes – Radicalizar na busca da verdade (III)

Tendo a mentira como arma para combater o avanço das idéias progressistas em todo o mundo e, em especial na América Latina, o imperialismo norte-americano difundiu e continua difundindo inverdade acerca dos vitoriosos movimentos revolucionários. No nosso

A campanha de difamação e calúnia contra Cuba e seus principais líderes, financiada pela CIA – Central de Inteligência Americana – e com o apoio dos grandes veículos de comunicação que recebiam milhões de dólares para fazer o jogo sujo, intensificou-se depois da fracassada invasão da Baía dos Porcos, em abril de 1961, operação dirigida por agentes da CIA com o apoio dos exilados cubanos, hoje conhecidos como os mafiosos cubanos de Miami.


 


Após a vitória da Revolução, os agentes do sanguinário e corrupto governo de Fulgêncio Batista, gendarme do imperialismo norte-americano, e aqueles que tinham dívida de sangue com o povo, foram submetidos a julgamento popular e condenados à morte. Aproximadamente dois mil contra-revolucionários foram fuzilados no “paredón” Tudo feito às claras e sem o uso da tortura, ao contrário do que os imperialistas e seus lacaios fazem em todos os continentes, principalmente em Guantánamo, em Bagdá e em prisões secretas espalhadas pelo mundo.


 


A partir do final dos anos de 1960 as execuções dos traidores e inimigos da Revolução tornaram-se rarefeitas, voltando a ocorrer somente em 2003, quando três terroristas a soldo da CIA seqüestraram um barco de turistas. Visando prejudicar o país, os terroristas sediados em Miami, na Flórida, também detonaram bombas em hotéis de Havana onde se hospedavam centenas de turistas estrangeiros.


 


Ainda há presos políticos em Cuba, até porque aquele país caribenho continua num processo revolucionário, já que o criminoso bloqueio econômico imposto pelo imperialismo norte-americano e as tentativas de sabotagem contra o governo são permanentes. Não se deve baixar a guarda, pois os inimigos contam com milhões de dólares e não perdem a esperança de um retrocesso e assim destruir as grandes conquistas obtidas com tanto sacrifício, notadamente no campo da educação, saúde, seguridade e igualdade social.


 


Enquanto a direitona e sua mídia mentem ao afirmar que existem milhares de presos políticos na Ilha, a Anistia Internacional estima em 69 o número de presos políticos em cadeias e mais 12 em prisão domiciliar. Mesmo assim a própria Anistia Internacional atesta que não há registro de um caso sequer de tortura física, desaparecimentos ou condenações extrajudiciais. Isso a imprensa burguesa faz questão de omitir e, quando se reporta sobre o assunto, dá a informação completamente diferente, mentindo desbragadamente.


 


No Brasil, a imprensa conservadora, venal e golpista não perde oportunidade para falar mal do regime cubano e dos seus principais líderes, em especial Fidel Castro a quem chamam de ditador. Os mesmos jornalistas e radialistas amestrados que chamaram Fidel de ditador, se referem aos verdadeiros ditadores sanguinários com todo o respeito, tratando-os de presidente.


 


Os mais sanguinários ditadores mundiais – como Reza Pahlev, no Irã; Anastácio Somoza, na Nicarágua; François Duvallier, no Haiti; Alfredo Stroessner, no Paraguai; Augusto Pinochet, no Chile; Jorge Videla, na Argentina; Frederik de Klerk, na África do Sul; além dos generais golpistas brasileiros – eram chamados de presidente. 


 


Agora que Fidel Castro pediu para não ser reconduzido à presidência do Conselho de Estado de Cuba, a direita em todo o mundo, incluindo os colunistas amestrados brasileiros, propagam aos quatro ventos que Cuba “voltará a ser um país democrático”. O terrorista número um do mundo, George W. Bush, fala em “direitos humanos” na Ilha. Por acaso este calhorda sanguinário tem moral para falar em direitos humanos, logo ele que defende a prática do hediondo crime de tortura para arrancar confissões de pessoas suspeitas de terroristas?


 


O que a imprensa burguesa não diz é que enquanto os Estados Unidos espalham o terror e já mataram quase um milhão de iraquianos em menos de quatro anos, Cuba mantém 39 mil médicos em países pobres da América Latina, da Ásia e da África, salvando vidas e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida; com a ajuda de professores cubanos, a Venezuela de Hugo Chávez erradicou completamente o analfabetismo no país, dados confirmados pela UNESCO, órgão da ONU para a educação e a cultura.


 


E por falar em analfabetismo, o que os Estados Unidos gastam em 15 dias para manter a agressão no Iraque daria para erradicar o analfabetismo em todo o mundo. Quem afirma é o prêmio Nobel de economia, Joseph Stiglitz. Segundo informa o economista, a guerra do Iraque, que o terrorista George W. Bush estimava de US$ 50 bilhões a US$60 bilhões, na realidade custará aos contribuintes norte-americanos nada menos de US$ 3 trilhões – cerca de R$ 5,1 trilhões.


 


Aqui no Brasil, o que a mídia conservadora, venal e golpista esconde é que milhares de estudantes pobres de todo o mundo estudam gratuitamente na ELAM  – Escola Latiano-Americana de Medicina –  em Cuba e ainda recebem uma bolsa do governo daquele país. São centenas de brasileiros, incluindo dezenas de cearenses.


 


Os direitistas e fascistas de todo o mundo podem ir tirando o cavalinho da chuva porque não haverá retrocesso em Cuba, pois o povo não permitirá que o que foi conquistado em 49 anos de lutas e muito sacrifício seja jogado pelo ralo. É oportuno observar que todo o povo cubano tem armas em casa fornecida pelo governo para defender a pátria em caso de invasão imperialista. Se o povo estivesse insatisfeito com o governo e o regime socialista certamente já teria reagido, pois dispõe de armas para tanto. O sentimento patriótico do povo cubano é impressionante.


 


O terrorista George W. Bush fala em mudanças em Cuba, porém “mudanças, mudanças e mudanças precisam ocorrer é nos Estados Unidos”, segundo enfatizou Fidel Castro. Nos Estados Unidos há muita miséria e desigualdade social, coisa que não se vê em Cuba. O povo cubano é pobre, mas miserável não. Diariamente centenas de milhares de crianças dormem nas ruas, mas nenhuma é cubana; dezenas de milhares de crianças morrem diariamente de fome, porém nenhuma é cubana. Isto a imprensa burguesa esconde.


 


A eleição de Raúl Castro para a presidência do Conselho de Estado, e dos demais membros, todos provados na luta revolucionária, é a garantia da defesa do socialismo. Mudanças acontecerão, como já vinha acontecendo com Fidel Castro, desde a débâcle da União Soviética, mas para adequar o país aos novos tempos. Haverá mudanças pontuais, e o país continua disposto a receber investidores externos para as áreas de energia, petróleo, infra-estrutura dentre outras. Saúde, educação e segurança continuarão custeadas pelo Estado cubano.


 


Os verdadeiros democratas têm de radicalizar na busca da verdade em todo o mundo,   principalmente no Brasil!


 


 


Messias Pontes é jornalista e colaborador do Vermelho/CE