Jarbas recusa convite; tucana presidirá CPI dos Cartões

A manobra se apoiou numa reunião onde a bancada do PMDB no Senado – que deveria indicar o presidente da CPI, mas ''abriu mão'' da prerrogativa, confiando-a ao PSDB. Em um primeiro momento os tucanos indicaram um nome do próprio PMDB, o senador Jarbas Vasconcelos (PE), o que salvaria as aparências, embora Jarbas seja oposicionista ferrenho. Jarbas, porém, recusou o convite em discurso da tribuna do Senado, para não ficar mal com seu partido. Os tucanos então, depois de consulta ao DEM, resolveram assumir diretamente o cargo.

Senadora em primeiro mandato, Marisa Serrano é considerada a figura mais proeminente da oposição em Mato Grosso do Sul. Ganhou destaque na mídia nacional ao pedir sem êxito, como relatora da Comissão de Ética do Senado, a cassação do mandato de Renan Calheiros (PMDB-AL). O site do mandato, ao noticiar a indicação, apresenta a senadora como uma ''oposicionista moderada''.

Para o líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), que resistiu ao procedimento,  ''foi uma concessão do governo o compartilhamento do comando da CPI mista dos cartões corporativos com a oposição. Na minha opinião, essa CPI é totalmente dispensável. Continuo dando pouca importância a ela porque acho que os cartões corporativos devem ser investigados pelo Ministério Público'', afirmou Fontana. O relator da CPI será o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ).

Da redação, com agências