Lula defende reforma tributária com participação da sociedade
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou nesta quarta-feira (27) que eventuais modificações na proposta da reforma tributária, a ser enviada amanhã ao Congresso, devem ser feitas no Legislativo, mas com a colaboração de todos os segmentos da so
Publicado 27/02/2008 17:45
“Não é uma proposta de governo. É uma proposta feita com muitas mãos e cabeças. Esperamos que depois de dada a entrada no Congresso, ele discuta e aperfeiçoe. E que prefeitos, governadores, empresários e trabalhadores ajudem”, afirmou Lula, que na segunda-feira se reuniu com centrais sindicais para debater o assunto.
Ontem, os ministros Guido Mantega (Fazenda) e José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) se reuniram com integrantes da oposição para apresentação prévia da reforma. Os oposicionistas, como de praxe, reclamaram do conteúdo.
Lula evitou entrar na polêmica, mas ressaltou que as medidas contidas na proposta representarão conquistas para o país. “Acabaremos com a guerra fiscal e dotaremos o Brasil de uma política fiscal e tributária e que faça mais justiça social. Acho que todos ganham”, disse ele.
O presidente disse esperar que as eleições municipais de outubro não atrasem a votação.
“O ideal é que a política tributária mereça a pressa que todo mundo diz e que o governo acha que merece. Penso que poderiam discutir e votar ainda este ano”.
Em resposta à oposição, que cobra pressa na execução de medidas, Lula disse que, se pudesse, elaboraria a proposta por meio de decreto.
“Se o governo pudesse fazia por decreto. Como não pode, temos de mandar as instâncias democráticas aprovarem. E, o Congresso é o local para votar a reforma”, disse o presidente.
Segundo ele, o ideal é que os políticos contribuam com a reforma colocando em prática o que defendem em seus discursos. “Estou convencido de que se todos os políticos fizerem valer os discursos feitos durante toda a vida deles e na última campanha, eles vão fazer propostas de mudanças e aperfeiçoar. Mas irão votar a reforma”, disse.
Com agências