Sessenta deputados suspeitos

A Polícia Civil do Piauí soltou nos bastidores a informação de que dois deputados maranhenses, um estadual e um federal, são partícipes de quadrilha de assassinos e ladrões de carretas e outros veículos recentemente capturada nos dois estados.
Oficialmente, um delegado piauiense confirmou em entrevista o envolvimento de pelo menos um deputado do Maranhão, embora numa frase dubitativa. Quando lhe perguntaram se um “ex-deputado” está no meio, respondeu que “pode ser um deputado com mandato”. Mas não esclarece de uma vez se são dois ou somente um e quem são.
Resultado: ficam 60 sob suspeita, os 42 estaduais e os 18 federais. É justo?

Cena do crime

Segundo o delegado piauiense Francisco das Chagas Costa mais conhecido como Bareta, a quadrilha atuava entre o Piauí e o município maranhense de Santa Inês.
Nenhuma novidade. Quadrilhas perigosas sempre existiram naquela região. Santa Inês era uma das bases do ex-deputado José Gerardo, hoje um militante do cristianismo evangélico ainda matriculado na penitenciária de Pedrinhas. Outro que mandava por ali era o bandoleiro Humberto Gomes de Oliveira, o Bel. Este não reza mais porque está morto. Foi abatido por policiais maranhenses numa queima de arquivo, após participar do assassinato do delegado Stênio Mendonça em 1997.
A divulgação do nome dos deputados suspeitos pode “prejudicar as investigações”; Já o nome do vereador de Santa Inês Aldoniro Muniz, não mais suspeito que os deputados, está em todo os jornais, fornecido pela Polícia.

Falta muito
Santa Inês, assim como Barra do Corda e Bacabal, há muito reclama uma “força tarefa” de policiais e auditores, federais e estaduais, que raspe a sujeira pela base.