Audiência busca conciliar Sindicato e empresa em Jaguariúna

Nesta sexta-feira (29/02), o Sindicato dos Metalúrgicos de Jaguariúna e Região e a transnacional Flextronics estarão presentes na audiência marcada pelo Ministério Público do Trabalho, em Campinas/SP, para tentarem chegar a algum acordo satisfatório pa

Segundo o presidente do Sindicato, Edison Cardoso de Sá, ''nós queremos, com a greve, mais benefícios para os cerca de mil trabalhadores que de uma hora para outra ficarão sem emprego ou terão que se mudar de cidade às pressas, sem qualquer garantia ou estabilidade na empresa, já que esta resolveu se mudar apenas querendo aumentar seus lucros''.


 


 


Em seu quarto dia, a greve é marcada pela grande ausência dos trabalhadores nos ônibus que chegam na empresa provenientes das cidades da Região Metropolitana de Campinas. Quase vazios, são a prova do alto número de trabalhadores que aderiram à greve.


 


 


Em entrevista divulgada pela TVB (emissora filiada ao SBT), na quarta-feira (27/02), o diretor de Recursos Humanos da Flexitronics declarou que cerca de 50% dos trabalhadores aderiram à greve e, por conseqüência, a produção reduziu-se à metade. Rocha ainda declarou que os grevistas serão substituídos. ''Nós já estamos treinando outros trabalhadores para que ocupem o lugar destas pessoas. Não só por causa da greve, nós já tínhamos isto decidido''.


 


 


O fechamento da planta da Flextronics (antiga Solectron) no bairro da Roseira, em Jaguariúna, provocou muitas dúvidas e descontentamento entre os cerca de 1 mil trabalhadores. O Sindicato tentou diversas vezes negociar a saída da empresa. Em nenhum momento os empresários quiseram algum acordo. O que se tentou, foi uma conversa com a empresa para minimizar os danos provocados pela saída repentina da fábrica. Após tentar, em vão, uma negociação com a empresa, os trabalhadores, liderados pelo presidente do SindMetal Jaguariúna e Região, resolveram cruzar os braços e paralisar as atividades.


 


 


De Jaguariúna/SP,
Orlando Flexa