Escassez de energia faz Argentina investir em gás mais caro
A Argentina planeja importar por via marítima gás natural liquidificado (GNL) no próximo inverno, para atenuar a escassez deste recurso já registrado em anos anteriores, segundo informa nesta sexta-feira (29) a imprensa local.
Publicado 29/02/2008 12:54
Fontes governamentais citadas hoje pelo jornal “Clarín”, de Buenos Aires, disseram que a companhia petrolífera Repsol YPF enviará à Argentina uma embarcação com GNL para fornecer à rede local “cerca de 8 milhões de metros cúbicos diários”.
A importação seria pelo dobro do valor que a Argentina paga atualmente pelo gás que compra da Bolívia, que, devido à falta de investimentos em suas jazidas, não poderá cumprir os acordos assinados para atender à crescente demanda argentina.
Outra embarcação permitirá transformar a bordo o GNL em gás metano, adequado para uso residencial.
Segundo o “Clarín”, o custo da importação e a ré-gaseificação será de entre US$ 12 e US$ 14 por milhão de BTU (unidade térmica britânica), enquanto hoje o gás importado a partir da Bolívia custa US$ 6,97 por milhão de BTU, preço que subirá para US$ 7,80 a partir de abril.
Essa diferença de preços poderia ser assumida pelas empresas petroquímicas, às que seria destinado o gás importado em navios.
Fonte: Efe