PC de Israel repudia guerra de extermínio na Faixa de Gaza
O secretário-geral do Partido Comunista de Israel, Mohammad Naffa, declarou no último fim de semana que o que o exército de Israel está fazendo contra os palestinos é uma guerra de extermínio.
Publicado 05/03/2008 09:01
“Israel alega que esta é uma ofensiva contra o lançamento por parte dos palestinos de mísseis caseiros contra Sderot, mas isto é falso, é uma falsificação da verdade”, afirmou o dirigente comunista.
Naffa também apontou que a ocupação israelense é responsável por esses crimes, pelo cerco, pelos assentamentos e pelo Muro da Vergonha, “e esses crimes não romperão a resistência e a determinação dos palestinos de conquistar seus legítimos direitos de libertação e independência”.
O dirigente também lembrou que o Partido Comunista sempre defendeu a completa retirada de Israel dos territórios ocupados para que se pudesse chegar a uma paz efetiva na região.
A última agressão israelense contra os moradores da Faixa de Gaza teve início na última quarta-feira (27/2) e pelo menos 110 palestinos, dentre eles 40 crianças, foram assassinados. Dez dos moradores foram mortos no último domingo na Faixa de Gaza, enquanto um foi assassinado na Cisjordânia.
Milhares de palestinos tomaram as ruas em várias partes da Cisjordânia realizando um enorme protesto em apoio aos moradores de Gaza.
Os manifestantes gritaram palavras de ordem contra os ocupantes e contra os crimes cometidos pelo exército israelense, convocando também o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmud Abbas e o premiê Ismail Haniyya, do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) a se unirem, colocando um fim ao conflito Hamas – Fatá, em prol de conter a contrínua agressão israelense.
De acordo com a rádio do Exército israelense, facções da resistência palestina teriam disparado mísseis caseiros contra um assentamento ilegal, Kfar Azza, na cidade de Sderot. A resistência também teria detonado cargas explosivas sob diversos veículos blindados das forças de ocupação que invadiram a Faixa de Gaza, além de trocarem tiros com a infantaria do exército invasor.