Em dia de boatos, bolsas de Nova York continuam a cair
Os principais indicadores acionários das bolsas de Nova York fecharam em forte baixa hoje, após novas noticias negativas relacionadas ao mercado de crédito imobiliário que afetaram duramente as ações do setor financeiro. Nos últimos seis pregões, este foi
Publicado 10/03/2008 20:05
O índice Dow Jones fechou com recuo de 1,29%, aos 11.740,15 pontos. O Standard & Poor`s 500 cedeu 1,55%, aos 1.273,37 pontos e o Nasdaq Composite perdeu 1,95%, atingindo 2.169,34 pontos.
Em um dia sem indicadores macroeconômicos nos EUA, as discussões se centraram em torno da atuação do Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano. Depois do fechamento de 63 mil pontos de trabalho em fevereiro, cresceu a expectativa quanto a um novo corte emergencial de juros. A próxima reunião oficial da autoridade monetária está agendada para o dia 18 de março.
Entre as notícias negativas do dia, os agentes assimilaram rumores de problemas de liquidez do banco Bear Stearns. Os boatos seguiram a divulgação da notícia de que a agência de classificação de risco Moody`s reduziu a nota de instrumentos financeiros emitidos pelo banco com garantia de empréstimos imobiliários Alt-A, categoria intermediária entre o prime e o subprime. No fechamento, as ações do Bear Stearns caíram 11,1%, para US$ 62,30.
As ações das empresas hipotecárias de capital misto (privado e estatal) Fannie Mae e Freddie Mac também tiveram fortes perdas depois da divulgação de notícias indicando que o governo teria que resgatar a Fannie Mae. Os boatos surgiram após a onda de inadimplência começar a atingir os papéis da carteira destas empresas, que teoricamente seriam de menor risco. As ações da Fannie Mae tiveram queda de 13% e as da Freddie Mac cederam 11,5%.
Estas notícias negativas arrastaram afetaram as demais ações do setor financeiro. Os papéis do Citigroup caíram 5,83%, os da American Express recuaram 3,59% e os do JP Morgan perderam 2,88%.
Do lado das altas, as ações do McDonald`s subiram 2,93% após a empresa ter reportado alta de 11,7% nas vendas das lojas abertas há mais de um ano em fevereiro.
Fonte: Valor Online, com agências internacionais