Mais países apóiam China em relação à violência no Tibete
A comunidade internacional continua manifestando compreensão e apoio ao governo chinês em relação aos distúrbios provocados há uma semana pelos separatistas tibetanos no exílio. Chancelarias de diversos países apoiam o tratamento dado — conforme a lei
Publicado 26/03/2008 14:57
O secretário do Ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional do Camboja, Long Visalo, afirmou em um encontro com diplomatas chineses realizado no país que os distúrbios em Lhasa “não foram uma manifestação pacífica, mas sim um incidente violento planejado e incitado por pessoas com segundas intenções”. “O governo e o povo cambojano apóiam firmemente as medidas adotadas conforme a lei pelo governo e povo chinês para defender a estabilidade e recuperar a ordem social” afirmou Visalo.
O governo de Djibuti declarou que “os atos violentos cometidos pelos seguidores do dalai lama e pelos separatistas do Tibete constituem grave provocação à comunidade internacional. A questão do Tibete faz parte dos assuntos internos da China”, divulgou a chancelaria do país africano.
O chanceler de Cabo Verde, Victor Manuel Barbosa Borges, afirmou ao receber o embaixador chinês, que seu governo persiste na política a favor de uma China unitária e se opõe firmemente à politização dos Jogos Olímpicos.
Os Ministérios das Relações Exteriores de Cingapura, Laos, Uzbequistão, Filipinas, Sri Lanka, Afeganistão e Brasil também divulgaram declarações, reiterando a persistência na política de “Uma Só China”, apoiando os esforços do governo chinês pela defesa da soberania nacional e rejeitando a politização da Olimpíada de Pequim.
Monges violaram budismo
O pesquisador do Centro de Tibetologia da China Lian Xiangmin afirmou nesta quarta-feira (26) em Pequim que os monges que se envolveram nos crimes e agressões do dia 14 de março violaram os princípios básicos da religião budista.
Numa coletiva à imprensa realizada pelo Conselho de Estado, Lian disse que um princípio fundamental do budismo é “não matar os seres vivos e não roubar”. As imagens divulgadas pela televisão chinesa “provaram que os monges envolvidos no incidente foram incitados pela camarilha do Dalai Lama e elementos separatistas no exterior”, afirmou o pesquisador.
Na mesma ocasião, outro pesquisador, Tenzin Lhundrup, adiantou que as políticas do país sobre liberdade religiosa e não interferência das religiões nos assuntos políticos não mudarão, pois são determinadas pela Constituição.