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PMDB pode adotar contrapartidas eleitorais em todo o país

O relato feito pelo governador do Paraná, Roberto Requião, da experiência bem-sucedida do PMDB paranaense a respeito da condução das discussões sobre as alianças eleitorais de outubro, com os aliados, sobretudo com o PT, foi recebido com muito entusias

Em discurso, Requião avisou que o diretório paranaense adotou o sistema de contrapartidas eleitorais. “A regra é esta: preferencialmente o PMDB lança candidato e, para que o PT ganhe nosso apoio em algum município, terá de nos apoiar em outro”, explicou. Requião advertiu também que os peemedebistas só devem optar por uma parceria, “se ela convier e se houver reciprocidade dos aliados”.


 


O modelo de negociação exposto pelo governador em Brasília está sendo implementado no Paraná sob a supervisão do secretário-geral da legenda, João Arruda, e do deputado estadual Waldyr Pugliesi, presidente estadual do PMDB. Os dois são auxiliados por um conselho formado pelos membros da executiva da agremiação.


 


Arruda diz que o sistema de contrapartidas é inédito na política brasileira. Segundo ele, esse princípio valoriza mais os aliados e respeita os espaços deles. “Nas composições eleitorais queremos oferecer ajuda a nossos aliados preferenciais, mas também queremos a reciprocidade”.


 


O secretário-geral peemedebista acredita que o PMDB inaugurará um novo momento em que o partido ganhará e ganhará igualmente seus parceiros políticos. Estabelecerá, de acordo com ele, “um verdadeiro ganha-ganha num circulo virtuoso com o objetivo estratégico de derrotar modelos político-econômicos autoritários e garantir um estado de bem-estar social permanente aos trabalhadores, aos jovens e à sociedade brasileira”.


 


Ao citar especificamente o PT, os peemedebistas também deram uma indicação de que um novo arco de aliança política está se formando ao centro do espectro político. Até 2004, o PT privilegiava alianças com partidos mais à esquerda, como PCdoB, PSB e PDT. A partir de 2006 e mais fortemente após a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, no início de 2007, a aproximação entre os dois partidos (PT e PMDB) se intensificou e pode ser reforçada na disputa eleitoral de 2008. 


 


Ao mesmo tempo, João Arruda afirma que “o PMDB do Paraná não esconde de ninguém que está mobilizando-se para as eleições de outubro próximo de olho em 2010”. “O partido, que é o maior do estado e do país, pretende ajudar na formatação de uma frente democrática, patriótica e antineoliberal, para mandar ao lixo da história os resquícios dos governos anteriores que privatizaram setores importantes da economia”, discursa o dirigente.