Sem categoria

Tecnologia espacial pode auxiliar no combate à dengue

Um novo método de detecção e vigilância do mosquito transmissor da dengue foi testado com sucesso no Recife (PE). Um mapa mostra os locais onde foram contados mais ovos da fêmea Aedes. Somado a dados cartográficos, socioambientais e epidemiológicos, é

Para a análise da eficácia do novo sistema, foram realizados 13 ciclos de coleta de duração de quatro semanas, iniciados em abril de 2004, em cinco localidades diversas do Recife. As coletas contínuas renderam mais de quatro milhões de ovos depositados em 464 armadilhas-sentinela, chegando a 98,5% o índice geral positivo de capturas.



Um inseticida composto pela bactéria Bacillus thuringienses israelensis (Bti), utilizada no controle do Aedes aegypti, foi adicionado ao novo sistema de captura. Os pesquisadores constataram que mais ovos foram depositados na presença da Bti, que não reduziu a atratividade de fêmeas grávidas do mosquito e funcionou como um larvicida, removendo os riscos de transformar os copos para captura em locais de desenvolvimento do vetor.



A contagem de ovos tornou possível a identificação de pontos onde a população do vetor é consistentemente concentrada durante o tempo, determinando as áreas que devem ser consideradas como de alta prioridade para atividades de controle.



O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) tem desenvolvido projetos como o Sistema de Apoio Unificado para Detecção e Acompanhamento em Vigilância EpidemioLógica (Saudavel), que insere as tecnologias de informação espaciais, como bancos de dados geográficos, sistemas de informações geográficas e análise espaço-temporal, no contexto do controle de endemias.



Fonte: Inpe/MCT