Estudantes dão prazo para reitor explicar gastos na Ufpi

Com comportamento autoritário, que lhe é característico, o reitor montou uma barreira de seguranças para receber os estudantes. Homens bloquearam a porta da reitoria impedindo o acesso dos manifestantes, que resistiram ao forte sol e calor até que o reitor resolveu sair de sua sala refrigerada. Ao sair da sombra Luis Júnior foi recebido com vaias.

O vice-presidente regional da UNE Cássio Borges entregou ao reitor uma carta solicitando a descrição dos gastos feitos por seus assessores com o cartão corporativo. O reitor usou o microfone do carro de som para tentar desvirtuar o ato perante a imprensa que acompanhou o movimento. O comportamento do reitor foi pura demonstração de que ele não conhece sequer os alunos da instituição que ele gerencia.  

Os estudantes ameaçam entrar com ação na Polícia Federal, se o reitor se recusar a apresentar os gastos. “O movimento foi vitorioso porque o reitor recebeu nosso documento e se ele não entregar os dados ate quarta-feira, vamos fazer nova manifestação”, alertou Cássio Borges.

Os escândalos envolvendo uso de cartão corporativo na UNB provocaram o afastamento do reitor Timothy Mulholland. A exoneração do cargo, foi assinada pelo presidente Lula e publicada no ''Diário Oficial'' da União. Afastado desde 10 de abril, quando pediu licença por 60 dias, o ex-reitor é acusado de ter usado indevidamente recursos da Finatec (Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos).

Esta semana um novo escândalo foi descoberto envolvendo as universidades federais no País, desta vez, o reitor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Ulysses Fagundes Neto. Ele será convocado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Cartões Corporativos para explicar os gastos em viagens internacionais. Ulysses Fagundes Neto usou seu cartão corporativo para fazer compras de mais de R$ 12 mil em lojas de eletrônicos nos Estados Unidos, em lojas de cerâmicas na Espanha e de malas Samsonite em Hong Kong.