Luta da CTB garante jornada de 40 horas na Ford-BA
No complexo da Ford, em Camaçari, os trabalhadores garantiram o direito de redução da jornada de trabalho, para 40 horas semanais, sem redução de salários. A conquista inédita reforça a luta para que a jornada de 40 horas seja uma conquista de todos os tr
Publicado 04/09/2008 20:59
“A conquista atinge, diretamente, já num primeiro momento, cerca de 10 mil pessoas, entre os 8,5 mil do complexo da Ford e os demais empregados das empresas do setor de autopeças no estado”, comemora o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia e da direção nacional e estadual da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Aurino Pedreira.
A luta por 40 horas semanais de trabalho sem redução de salário vem sendo levantada pela CTB e unificado as lutas de outras centrais sindicais no país.“Essa conquista é parte da bandeira nacional da nossa central sindical, a CTB, para a geração de novos empregos e melhores condições de trabalho para a classe operária, que passa a ter mais tempo para cuidar das suas necessidades pessoais e da família”, ressaltou Pedreira.
Com a mudança, os empregados da montadora, instalada no município em 2001, concretizam a reivindicação unificada das centrais sindicais, reduzindo em 4 horas/semanais a jornada de trabalho inicialmente imposta pela Ford. “Toda redução, naturalmente, acarreta uma discussão de perda da produção, mas a medida implica, também, em possibilidades concretas de geração de novos empregos, e a partir daí, se manter a capacidade produtiva da planta da empresa”, analisa o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos.
Conquista gradual
Inicialmente, a jornada de trabalho na empresa era de 44 horas/semanais. A partir de 2002, com a campanha salarial, caiu para 42 h/s. Em 2004, a categoria conseguiu uma nova vitória, reduzindo a carga horária para 40h50 semanais. A concretização da conquista atual contou com uma paralisação de 24 horas, realizada no mês de agosto.
“Esse é mais um passo e mais outros precisam ser dados no sentido de avançarmos, ainda mais, na conquista dos direitos de toda a classe trabalhadora. A questão da saúde pra gente, hoje, por exemplo, é a bandeira mais importante em função do grande número de lesões que os trabalhadores acabam absorvendo no dia-a-dia das fábricas”, finalizou Pedreira.
De Salvador,
Camila Jasmin