Vandalismo: grupo invade Bienal, picha andar e quebra vidros
Cerca de 40 pessoas picharam algumas paredes, pilares e corrimãos do segundo andar do pavilhão da Bienal de São Paulo neste domingo (26), primeiro dia de visitação da 28ª Bienal Internacional de SP. O grupo entrou no prédio como visitantes comuns e, às 19
Publicado 27/10/2008 13:37
A segurança da mostra fechou os acessos e a saída do público foi impedida até que a polícia chegasse. Houve confronto entre seguranças e pichadores. Metade deles conseguiu escapar antes de o prédio ser fechado. Já cerca de 20 pessoas detidas pela segurança ficaram retidas próximas ao guarda-volumes. Esse grupo, então, quebrou uma vidraça e escapou. Apenas uma garota foi levada à delegacia.
A confusão foi grande também porque, no domingo, a Bienal realizou um show da dupla de música eletrônica Fischerspooner. Havia uma longa fila de gente que esperava pelas senhas para entrar na apresentação. Apesar do incidente, o show marcado inicialmente para as 20h30 foi realizado.
Limites da arte
A organização da Bienal já havia anunciado um esquema de segurança especial para os primeiros dias da exposição por conta da ameaça de pichação. Nesta edição, a curadoria optou por deixar o segundo andar do prédio projetado por Oscar Niemeyer vazio.
A ação dos pichadores estava sendo planejada pela internet e teria sido articulada por Rafael Augustaitiz, que em julho deste ano pichou com um grupo o prédio do Centro Universitário Belas Artes, onde cursava artes plásticas. Na época, ele dizia que seu objetivo era “discutir a arte e seus limites”. No mês passado, a galeria Choque Cultural sofreu um ataque semelhante.
Não foi o primeiro ato de intervenção ao prédio da Bienal. Na quinta-feira (23), dois dias antes da inauguração oficial, o grupoArac — que se define como “um grupo independente de 'coladores' de 'stickers' [adesivos]” — promoveu uma intervenção também no segundo andar do pavilhão.