Relançamento de livro contribui para debate sobre ditadura militar
A segunda edição revista e ampliada do livro ''Dos Filhos deste Solo'', dos jornalistas Nilmário Miranda e Carlos Tibúrcio, será lançado, nesta quarta-feira (17), no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, como parte da programação da 11º Conferência N
Publicado 16/12/2008 12:47
Lançado há nove anos, o livro, que reúne dados e informações sobre as reais circunstâncias das mortes e desaparecimentos de aproximadamente 400 pessoas durante o regime militar, foi atualizado e ressurge num momento em que a sociedade discute a necessidade de julgamento e punição dos torturadores e a urgência de abertura dos arquivos da ditadura militar.
A segunda edição tem 700 páginas, 170 fotos a mais e centenas de casos foram incluídos ou revisados. A nova edição inclui, além de um prefácio do ministro da Justiça Tarso Genro, informações sobre avanços ocorridos com as duas modificações da Lei 9.140/95, em 2002 e 2004, que reconheceu a responsabilidade do Estado nas mortes e desaparecimentos de opositores políticos.
Dos filhos deste solo conta a história da luta do povo brasileiro por democracia, contra a ditadura militar (1964-1985), a partir de relatos que descrevem a trajetória de militantes que, por participarem de organizações de resistência ao regime, foram presos, torturados e mortos – alguns até hoje desaparecidos – por agentes do Estado.
Sobre os autores
Nilmário Miranda é jornalista e militante histórico dos Direitos Humanos. Nasceu em Belo Horizonte, em 1947. Participou ativamente dos movimentos de resistência à ditadura militar, sendo preso por duas vezes. É autor da lei que instituiu a Comissão de Direitos Humanos na Câmara dos Deputados, cuja presidência ocupou em 1995 e 1999. Foi ministro da Secretaria de Direitos Humanos no governo Lula. Atualmente é presidente da Fundação Perseu Abramo.
Carlos Tibúrcio é jornalista. Nascido em Salvador, em 1947, foi uma das principais lideranças do movimento estudantil em 1968 na Bahia. Militante de organizações de resistência à ditadura, permaneceu preso de 1973 a 1975. Trabalhou em veículos da grande imprensa e em jornais alternativos. Desde janeiro de 2003 exerce a função de assessor especial da Secretaria Geral da Presidência da República.
Serviço:
A sessão de autógrafos será realizada entre 16h e 19h, no estande da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.
De Brasília
Márcia Xavier
Com agências