Agora é guerra: contra demissões, metalúrgicos fazem greve
Diante da crise, a resistência às demissões agora ganha um novo capítulo: o movimento grevista pelo emprego. “Nossa orientação é clara: se tiver demissões na empresa toda a categoria vai entrar em greve”, disse ao Vermelho o secretário ge
Publicado 16/12/2008 21:51
“Os trabalhadores não vão pagar por uma crise econômica que não é sua. A orientação de fazer greve diante das demissões injustificáveis das montadoras é de todas as centrais. A greve de toda a categoria é uma maneira legítima de resistência às demissões”, agregou Juruna.
A Amsted-Maxion incluiu na lista de demitidos trabalhadores que sofreram acidentes de trabalho, vítimas de doenças ocupacionais e pessoas com estabilidade. A empresa alega dificuldades relacionadas com a crise financeira.
Às 14 horas o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, Jorge Nazareno, se reuniu com dirigentes da Amsted-Maxion numa nova reunião de negociação.
O resultado da reunião deverá ser apresentado à categoria grevista na assembléia que será realizada nesta quinta-feira (18), às 7 horas, em frente à empresa. A Amsted-Maxion produz componentes ferroviários e é uma das maiores empresas de Osasco.
Em nota, a Força Sindical repudiou as demissões. “Não podemos permitir de forma alguma que setores do empresariado utilizem as incertezas da economia e a crise internacional para justificar a retirada de direitos adquiridos dos trabalhadores, cortes de benefícios, provocar demissões imotivadas e dificultar negociações salariais”, diz o texto.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes também reagiu. “Consideramos falta de sensibilidade social do empresariado, que está defendendo medidas de corte de direitos e emprego sem pensar em buscar soluções conjuntas para uma questão que diz respeito a toda a sociedade. O emprego é garantia de estabilidade econômica e social. Quando a empresa demite, o trabalhador e todos os que dependem dele deixam de consumir. Sem consumo não há produção e, sem produção, a economia estagna”, diz nota do sindicato.
Confira abaixo as notas na íntegra:
– Nota da Força Sindical:
Contra demissões e retirada de direitos dos trabalhadores
Não podemos permitir de forma alguma que setores do empresariado utilizem as incertezas da economia e a crise internacional para justificar a retirada de direitos adquiridos dos trabalhadores, cortes de benefícios, provocar demissões imotivadas e dificultar negociações salariais.
Entendemos que esta pressão oportunista é o primeiro passo para acabar com as férias, 13º salário, licença-maternidade, auxílio-doença, fundo de garantia e outros direitos sociais.
A Força Sindical está orientando suas entidades filiadas a adotar medidas que evitem prejudicar os trabalhadores, tais como: não homologar rescisões em caso de demissões coletivas e exigir as causas para dispensas individuais (Convenção 158 da OIT).
Paulo Pereira da Silva (Paulinho)
Presidente da Força Sindical
– Nota do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes:
Metalúrgicos repudiam demissões!
Além de insistir na resistência às demissões, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes repudia qualquer proposta, ameaça e tentativa do setor patronal para demitir trabalhadores ou tirar direitos, como justificativa para a redução dos seus custos e solução para os efeitos da crise econômica.
Consideramos falta de sensibilidade social do empresariado, que está defendendo medidas de corte de direitos e emprego sem pensar em buscar soluções conjuntas para uma questão que diz respeito a toda a sociedade. O emprego é garantia de estabilidade econômica e social. Quando a empresa demite, o trabalhador e todos os que dependem dele deixam de consumir. Sem consumo não há produção e, sem produção, a economia estagna.
O Sindicato reafirma que não vai aceitar demissões, que vai reagir para garantir os empregos e os direitos dos trabalhadores, e conclama que os trabalhadores sejam chamados a discutir os problemas e buscar soluções em conjunto.
Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes
Serviço:
Assembléia com trabalhadores da empresa Amsted-Maxion
Data: 18 de dezembro
Horário: 7 horas
Local: em frente a sede da empresa
Endereço: Rua da Estação, 100 – centro de Osasco
Fonte: da redação, com informações da http://www.fsindical.org.br/fs/index.php