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Agora é guerra: contra demissões, metalúrgicos fazem greve

Diante da crise, a resistência às demissões agora ganha um novo capítulo: o movimento grevista pelo emprego. “Nossa orientação é clara: se tiver demissões na empresa toda a categoria vai entrar em greve”, disse ao Vermelho o secretário ge

“Os trabalhadores não vão pagar por uma crise econômica que não é sua. A orientação de fazer greve diante das demissões injustificáveis das montadoras é de todas as centrais. A greve de toda a categoria é uma maneira legítima de resistência às demissões”, agregou Juruna.


 


A Amsted-Maxion incluiu na lista de demitidos trabalhadores que sofreram acidentes de trabalho, vítimas de doenças ocupacionais e pessoas com estabilidade. A empresa alega dificuldades relacionadas com a crise financeira.


 


Às 14 horas o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, Jorge Nazareno, se reuniu com dirigentes da Amsted-Maxion numa nova reunião de negociação.


 


O resultado da reunião deverá ser apresentado à categoria grevista na assembléia que será realizada nesta quinta-feira (18), às 7 horas, em frente à empresa. A Amsted-Maxion produz componentes ferroviários e é uma das maiores empresas de Osasco.


 


Em nota, a Força Sindical repudiou as demissões. “Não podemos permitir de forma alguma que setores do empresariado utilizem as incertezas da economia e a crise internacional para justificar a retirada de direitos adquiridos dos trabalhadores, cortes de benefícios, provocar demissões imotivadas e dificultar negociações salariais”, diz o texto.


 


O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes também reagiu.  “Consideramos falta de sensibilidade social do empresariado, que está defendendo medidas de corte de direitos e emprego sem pensar em buscar soluções conjuntas para uma questão que diz respeito a toda a sociedade. O emprego é garantia de estabilidade econômica e social. Quando a empresa demite, o trabalhador e todos os que dependem dele deixam de consumir. Sem consumo não há produção e, sem produção, a economia estagna”, diz nota do sindicato.


 


Confira abaixo as notas na íntegra:


 


– Nota da Força Sindical:



 


Contra demissões e retirada de direitos dos trabalhadores 


 


Não podemos permitir de forma alguma que setores do empresariado utilizem as incertezas da economia e a crise internacional para justificar a retirada de direitos adquiridos dos trabalhadores, cortes de benefícios, provocar demissões imotivadas e dificultar negociações salariais.


 


Entendemos que esta pressão oportunista é o primeiro passo para acabar com as férias, 13º salário, licença-maternidade, auxílio-doença, fundo de garantia e outros direitos sociais.


 


A Força Sindical está orientando suas entidades filiadas a adotar medidas que evitem prejudicar os trabalhadores, tais como: não homologar rescisões em caso de demissões coletivas e exigir as causas para dispensas individuais (Convenção 158 da OIT).


 


Paulo Pereira da Silva (Paulinho)
Presidente da Força Sindical


 


– Nota do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes:


 



Metalúrgicos repudiam demissões!


 


Além de insistir na resistência às demissões, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes repudia qualquer proposta, ameaça e tentativa do setor patronal para demitir trabalhadores ou tirar direitos, como justificativa para a redução dos seus custos e solução para os efeitos da crise econômica.


 


Consideramos falta de sensibilidade social do empresariado, que está defendendo medidas de corte de direitos e emprego sem pensar em buscar soluções conjuntas para uma questão que diz respeito a toda a sociedade. O emprego é garantia de estabilidade econômica e social. Quando a empresa demite, o trabalhador e todos os que dependem dele deixam de consumir. Sem consumo não há produção e, sem produção, a economia estagna.


 


O Sindicato reafirma que não vai aceitar demissões, que vai reagir para garantir os empregos e os direitos dos trabalhadores, e conclama que os trabalhadores sejam chamados a discutir os problemas e buscar soluções em conjunto.


 


Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes


 


Serviço:
Assembléia com trabalhadores da empresa Amsted-Maxion
Data: 18 de dezembro
Horário: 7 horas
Local: em frente a sede da empresa
Endereço: Rua da Estação, 100 – centro de Osasco


 


Fonte: da redação, com informações da http://www.fsindical.org.br/fs/index.php