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Comunistas sul-africanos em campanha eleitoral

O Partido Comunista Sul-Africano (SACP na sigla em inglês) está em plena campanha pela vitória do CNA (Congresso Nacional Africano) nas eleições deste ano. O partido, que participa das eleições como integrante do CNA, declara-se “satisfeito por estar pron

A afirmação faz parte do comunicado de uma reunião da Comissão de Construção Partidária, com cerca de 100 participantes (o Comitê Central, mais os dirigentes do SACP nas províncias e em alguns distritos), nesta segunda-feira (26). Entre os “elementos-chave” que o comunicado aponta, está o de “trabalhar em conjunto com a Cosatu”, a possante central sindical sul-africana, nambém integrante do CNA.



O CNA, força dominante na política sul-africana desde a histórica eleição de Nelson Mandela que pôs fim ao regime do apartheid, em 1994, obteve 69,7% dos votos e 279 das 400 cadeiras na última eleição parlamentar, em 2004. Dentre estes, 80 são membros do SACP, enquanto o maior partido de oposição, a Aliança Democrática (centro-direita) tem apenas 46 deputados.



O SACP se propõe a “defender as conquistas de nossa revolução” contra as “tentativas das forças contra-revolucionárias para debilitar a força do CNA”, citando em especial “as últimas manobras do grupo divisionista – numa referência aos seguidores do ex-presidente Thabo Mbeki. Derrotados no interior do CNA na Conferência de Polokwane, em dezembro de 2007, estes deixaram o CNA para formar outra organização, o Congresso do Povo, embora Mbeki não os tenha acompanhado.



A Conferência de Polokwane foi considerada uma vitória do SACP e da Cosatu e uma virada à esquerda na quase centenária história do CNA, após anos de uma política, liderada por Mbeki, acusada de neoliberalizante. Com ela, emergiu como forte liderança a figura de Jacob Zuma, eleito presidente do CNA e virtual candidato deste à presidência da República.



Da redação, SACP e agências