Racistas da Ku Klux Klan aumentam força nos EUA
A organização racista Ku Klux Klan (KKK) registrou expressivo crescimento de seus filiados desde a eleição presidencial de Barack Obama nos Estados Unidos, segundo afirmam nesta quitna-feira (5) meios de comunicação do país.
Publicado 05/02/2009 15:15
John Lee Clary, um ex-dirigente da facção, chamada de Supremacia Branca, comentou a repórteres que antigos membros disseram-lhe que a presença do afro-americano Obama na Casa Branca funcionou paradoxalmente a favor do grupo.
Segundo Clary, a crise financeira global e a drástica mudança de imagem política do país têm levado muitos estadunidenses a filiarem-se como militantes ativos do grupo racista.
Durante uma recente reunião do Klan no Alabama, a associação somou 300 novos partidários em alguns dias. “Trata-se de uma cifra sem precedentes para ocasiões similares”, indicou.
“As filiações através da Internet também dispararam, é uma tendência perigosa que o Burô Federal de Investigações (FBI) deve considerar seriamente”, assinalou Clary, hoje em dia inimigo do KKK.
O Ku Klux Klan é o movimento racista de mais forte presença nos Estados Unidos e, para atingir suas metas de segregação e hegemonia branca, no passado não duvidou em usar a violência extrema.
Através do território norte-americano, existem em média uma centena de diversos órgãos do Klan, chamados capítulos ou “klaverns”, que ao todo representam uma força combinada de membros e sócios superior a seis mil elementos.
Desde 2006, o KKK enfocou seus ataques contra a imigração, os casais homossexuais e aquelas leis que qualifique como “injuriosas contra o cristianismo”.
Depois da entrada oficial do democrata Obama no Salão Oval, os republicanos também elegeram um político negro – o ex-vice-governador de Maryland, Michael S. Steele – como presidente do chamado Velho Grande Partido.