Venezuela fiscaliza fraude para dobrar o preço do arroz
As autoridades da Venezuela iniciaram nesse domingo (1º) a fiscalização em empresas do setor de alimentação, depois de violações por parte de processadoras de arroz que provocaram desabastecimento artificial no país. As arrozeiras sofreram intervenção tem
Publicado 01/03/2009 17:37
O ministro da Agricultura, Elías Jaua, recordou às arrozeiras que, caso a intervenção não seja suficiente, a lei permite a expropriação das unidades de beneficiamento. Jaua relatou que no sábado o governo interveio na maior produtora de arroz do país, a Primor, propriedade do grupo industrial Polar, sediada no estado de Guárico, onde foi instalada uma comissão governamental que iniciou a produção de arroz básico com preços regulados. O processo irá continuar amanhã com a tomada da empresa Polly, no estado de Portuguesa, acrescentou.
O ministro manifestou sua confiança de que os demais produtores de alimentos com preços tabelados respeitem os consumidores e não burlem os controles como fizeram as arrozeiras. Estas tentaram impor aos consumidores um produto ''aromatizado'', custando o dobro do preço da tabela: 90% da produção era da variedade ''aromatizada'' e apenas 10% do arroz comum com preçio tabelado.
O ministro prestou as informações ao participar do programa dominical de TV do presidente Hugo Chávez, Alô presidente. O próprio Hugo Chávez manifestou a determinação de expropriar as empresas caso prossigam na manobra de desabastecimento.
Durante a intervenção nas instalações da Polar, os fiscais retiveram 18 mil toneladas de arroz: 92% do produto encontrado destinava-se a ser vendido burlando a tabela que fixa o preço de 2,33 bolívares fortes para o quilo de arroz.
Além disso, o ritmo do processo de beneficiamento tinha se reduzido à metade da sua capacidade. A Polar tem capacidade instalada para beneficiar 7.500 toneladas mensais de arroz, mas estava fornecendo menos de 3 mil toneladas, ainda assim do tipo ''aromatizado''.
A intervenção, com prazo de três meses, consiste na presença de fiscais do Ministério da Indústria Leve e Comércio, Alimentação, Agricultura e Terra nas linhas de produção. O objetivo é garantir que a maior marte do produto seja do tipo comum, com preço tabelado, evitando que se imponha o produto mais caro.
Da redação, com agências