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Evo dialogará com oposição boliviana ''em qualquer cenário''

O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou neste domingo (1º) na cidade de Mizque, Cochabamba, que que comparecerá ''a qualquer cenário'' para negociar com a oposição a implementação de um regime autonomia constitucional. Mas não aceitou as precondiçõe

''Permanentemente me chantageiam quanto ao diálogo; pedimos o diálogo e a aplicação da Constituição Política do Estado e me colocam condições, mas estamos dispostos a ir onde quer que me convoquem para dialogar'', disse o presidente em um discurso nesta cidade do centro da Bolívia, a 500 km de La Paz, onde inaugurou um ginásio desportivo.

Evo lembrou que, quando atuou como dirigente sindical, não condicionava nenhum processo de aproximação com as autoridades governamentais da época.

''Nunca coloquei condições e os governos de turno nunca nos convocavam. Eu tinha que ir ao Provedor de Justiça, à Assembléia Permanente de Direitos Humanos, à Igreja Católica para que nos fizéssemos ouvir. Tínhamos que marchar até a Praça San Francisco, de La Paz, para só então abrirem o diálogo '', disse ele.

O presidente disse que seu governo está disposto a aceitar um ''pacto social'', conforme colocam os governadores oposicionistas, visando pavimentar o caminho para o diálogo autonômico.

Evo também concordaram com a participação de observadores internacionais. ''Não temos medo nenhum, que venham observadores, seja de onde vierem, aqui não escondemos nada'', afirmou.

O presidente ponderou que La Paz, en sua condição de sede do Poder Executivo, é o cenário adequado para se resolver assuntos de Estado. Mas insistiu que dialogará em qualquer cenário que se julgue propício. ''Como o governo tem uma sede, o diálogo deveria ser no Palácio, mas se quiserem eu posso ir para onde me pedirem, não tenho nenhum problema, isto não está em debate'', destacou.

O presidente fez uma menção breve ao caso do ex-prefeito de Pando, Leopoldo Fernández, preso em La Paz pelo assassinato de pelo menos 18 camponeses amazônicos em 11 de setembro na cidade de Porvenir. A libertação de Fernández é exigida pelo oposicionista Conalde (Conselho Nacional pela Democracia) que reúne governadores e dirigentes cívicos de Santa Cruz, Chuquisaca, Beni e Tarija, como condição para aceitarem dialogar sobre a autonomia na Bolívia. Fernandez está nas mãos da Justiça, disse laconicamente Evo Morales.

Fonte: Agencia Boliviana