Sem categoria

Governo venezuelano garante abastecimento de arroz

O governo da Venezuela garantiu nesta quarta-feira (4) que não haverá desabastecimento de arroz no país, depois que o presidente Hugo Chávez ordenou intervenções em processadoras de arroz privadas.

O superintendente nacional de Silos, Armazéns e Depósitos (Sada), Carlos Osorio, disse que o país armazena 300 mil toneladas de arroz entre o setor privado e o público.



Segundo o funcionário do governo, esse montante representa a quantidade necessária para cobrir a demanda mensal de 90 mil toneladas, durante os próximos três meses.



Em declarações ao canal público de TV do país, Osorio explicou que, daqui um ano, o governo espera contar com uma colheita de arroz de cerca de 350 mil toneladas.



No final da semana passada, Chávez ordenou a “ocupação temporária” de processadoras de arroz privadas, que estavam maquiando e não produzindo as versões populares do produto, cujos preços são tabelados.



Os empresários, em contrapartida, alegam que o governo controla 50% do mercado de importações oficiais e “persegue” o setor, para “responsabilizá-los” pelo déficit na produção.



Após a intervenção da principal produtora de arroz, Primor, as autoridades anunciaram ter produzido 40 mil quilos de arroz, que serão destinados ao consumo popular.



Supermercados escondem produtos



O deputado da Assembleia Nacional Venezuelana, Alberto Castelar, acusou, nesta quarta-feira, os supermercados privados do país de alugarem casas de particulares para armazenarem produtos da cesta básica, cujos preços máximos de venda ao público são regulados pelo Executivo.



Na Venezuela, as principais redes de supermercado são propriedade de empresários portugueses e luso-venezuelanos radicados no país.



“Temos denúncias dos Estados de Zúlia, Carabobo e Falcón, entre outros, que indicam que os proprietários destes estabelecimentos entregam a vizinhos de zonas próximas produtos como papel higiênico, arroz, azeite e outros, para escaparem a acusações de boicote quando da visita de organismos do Estado para supervisão”, disse.



Segundo o deputado, a Procuradoria Geral da República e a Assembleia Nacional estão ao corrente da situação que “constitui uma transgressão da Lei Contra o Açambarcamento, a Especulação e o Boicote”.



Apelou a “todo o povo venezuelano para que participe na luta contra o açambarcamento e a especulação” que o Governo Nacional desenvolve, apoiado pelo parlamento.



A acusação do parlamentar tem lugar depois de as autoridades venezuelanas ocuparem várias fábricas de arroz que maquiavam o produto, adicionando “sabores artificiais” para fugir ao controle de preços impostos pelo Executivo.