Sem categoria

Obama abre reunião sobre reformas no sistema de saúde

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, convidou à Casa Branca mais de 120 pessoas representando partidos, sindicatos, políticos e trabalhadores da área de saúde para debater a reforma do sistema de saúde do país, considerado obsoleto, dispendio

O objetivo é expandir o acesso ao sistema de saúde a pelo menos 48 milhões de americanos que estão privados de qualquer tipo de plano.



O grupo de médicos, pacientes, empresários, sindicalistas e representantes de planos de saúde participarão a partir das 13h locais de hoje (15h em Brasília) de um fórum sobre o tema em uma tentativa de construir apoio para grandes mudanças. Obama também convidou representantes da oposição republicana para o evento.



Mais da metade dos americanos tem plano de saúde privado, pago pelas empresas em que trabalham. O gasto anual do governo americano com saúde chega a US$ 2,4 trilhões. Ainda assim, 48 milhões de americanos não têm acesso ao sistema. O objetivo de Obama é tornar a saúde pública universal e reduzir o custo do programa.



“O presidente quer engajar o Congresso numa ação transparente e bipartidária”, afirmou Melody Barnes, que dirige a política interna da Casa Branca.


 


A diferença desta vez, segundo Obama, é que os custos do sistema de saúde são insustentáveis, especialmente em um momento de crise econômica.



De acordo com Barnes, a intenção de Obama é aprovar uma reforma ainda este ano. “Apesar da abordagem bipartidária, o presidente não pretende ser obstruído por grupos de interesse nem por divergências ideológicas”, prosseguiu Melody.



Obama, com mais de 60% de aprovação geral nas pesquisas e sólido apoio no Congresso, tem pressa em avançar a reforma, antes que as discussões esbarrem nas divisões entre democratas e republicanos.



Até o momento os detalhes do plano de reforma dos serviços Medicare e Medicaid, destinados às pessoas da terceira idade e aos cuidados para pessoas de baixa renda, não foram revelados, embora Obama tenha explicado que pretende tirar o dinheiro para bancar as reformas por meio de impostos sobre os mais ricos.



Uma pesquisa recente do jornal The New York Times e da rede de TV CBS revela o estado de espírito do americano quanto à necessidade de o poder público intervir na esfera social.



A pesquisa perguntou às pessoas se o governo federal deveria prover um seguro de saúde nacional, ou se isso deveria ser deixado por conta de empresas privadas.



A primeira opção teve 59% das preferências, contra 32% da segunda, o que revela uma grande mudança de mentalidade. A mesma pesquisa feita há 30 anos dava à medicina privada uma vantagem de 48% a 40%.