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GM anuncia à Bolsa de Nova York que pode abrir falência

O relatório anual da General Motors, apresentado nesta quinta-feira (5) à Bolsa de Valores dos Estados Unidos, levanta “uma dúvida substancial sobre nossa capacidade de sobreviver”. A centenária gigante de Detroit, que já foi a maior empresa automobilísti

“Nossas perdas operacionais, o déficit de acionistas  e nossa incapacidade de gerar caixa suficiente para enfrentar nossas obrigações e sustentar nossas atividades levanta uma dúvida substancial sobre nossa capacidade de sobreviver”, afirma o relatório 10-K da General Motors, apresentado à Comissão da Bolsa de Valores dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês).



À sombra da Lei de Falências



“Nosso futuro depende de nossa capacidade de executar nosso Plano de Viabilidade com sucesso ou encarar estas matérias de outra forma”, acrescentou a empresa, referindo-se ao seu pedido de dinheiro público. “Se não o fizermos, não seremos capazes de continuar e potencialmente poderemos ser forçados a solicitar ajuda sob a Lei de Falências dos Estados Unidos”, advertiu a GM.



As ações da GM na Bolsa de Valores de Nova York despencaram mais 15,45% durante esta quinta-feira, fechando a US$ 1,86. Isso ajudou a puxar para baixo o índice Dow Jones, que fechou em queda de 4,09%.



O relatório toma por base  na auditoria da firma Deloitte & Touche. No final de fevereiro, a GM disse que em 2008 perdeu US$ 30,9 bilhões, aos quais se somam mais de US$ 43 bilhões de perdas de 2007. No mesmo mês a empresa apresentou o “Plano de Viabilidade” ao Departamento do Tesouro, estimando em até US$ 30 bilhões sua necessidade de ajuda pública. O grupo GM espera também ajuda internacional, do Canadá, Reino Unido, Suécia e Alemanha, no montante de US$ 6 bilhões.



Governo busca solução “razoável”



O departamento do Tesouro americano reagiu nesta mesma quinta-feira, anunciando que o governo do presidente Barack Obama busca uma solução “a mais razoável possível” para evitar a falência da General Motors. “O governo está consciente dos desafios a enfrentar no setor automotivo”, disse o porta-voz do Tesouro, Isaac Baker.



A GM já recebeu US$ 13,4 bilhões do Departamento do Tesouro em dezembro. Insiste porém que precisa de mais US$ 16,6 bi para fazer frente às suas dificuldades. A Ford, por sua vez, anunciou nesta quinta-feira um plano de reestruturação de sua dívida, de US$ 10,4 bilhões sem recorrer ao Estado.



Da redação, com agências