Conselho de Defesa quer fortalecer confiança mútua
Os ministros de Defesa da União de Nações Sul- Americanas (Unasul) estão reunidos em Santiago do Chile, com o objetivo de buscar formas de fortalecer a confiança mútua regional, mediante o diálogo, a integração e a cooperação em questões de defesa. O grup
Publicado 10/03/2009 10:25
Com a instalação do Conselho de Defesa Sulamericano, será a primeira vez que os responsáveis políticos pelas forças armadas da região se sentam para discutir periodicamente. A presidência do organismo será temporária, assim como a da Unasul. Estão previstas, além da reunião anual dos 12 ministros da Defesa, duas outras de vice-ministros.
De acordo com o titular chileno, José Goñi, o novo conselho não pretende criar uma força militar no estilo da OTAN. Em uma parte da região onde os atritos de fronteira existem, seria inviável. Mas ter superado inconvenientes regionais é um dos motivos que causaram mais entusiasmo, segundo analistas militares que acompanharam de perto o processo de gestação do conselho. Com a criação, se pretende acabar com qualquer fricção entre os países da América do Sul. Há quem considere que através desse organismo se pode chegar a perfilar uma política de defesa e segurança conjunta.
''O primeiro grande mérito dessa iniciativa é a criação de uma plataforma de encontro e intercâmbio de experiências, que nos permitirá conversar, coordenar e trabalharmos temas de segurança externa em outro nível'', avaliou o ministro da Defesa chileno. ''Até hoje, sempre se negociou bilateralmente; o conselho abrangerá os assuntos de maneira multilateral'', completou.
De acordo com Goñi, o conselho busca conslidar a América do Sulk como uma ''zona de paz, base para a estabilidade democrática e o desenvolvimento integral dos povos''. Para isso, será preciso seguir um mapa do caminho, um ''plano de ação'', segundo o ministro chileno, que será definido em Santiago. Os 12 titulares do conselho discutirão hoje temas como cooperação militar, missões humanitárias, operações de paz e a futura criação de um Instituto de Defesa na América do Sul.
A luta contra o narcotráfico não está nem estará na agenda, pelo menos em curto prazo. ''Buscamos a convergência de interesses. Para alguns países é um tema policial e não militar; não queremos que haja ingerências na maneira de atuar'', justifica Goñi.
Fontes: El País e Prensa Latina