Diagnóstico epidemiológico de DST-Aids na tríplice frontiera
Elaborar um diagnóstico situacional em doenças sexualmente transmissíveis (DST), de forma participativa e multidisciplinar, contemplando dimensões sócioantropológicas e clínico-epidemiológicas. Este é
Publicado 01/04/2009 18:44 | Editado 04/03/2020 16:12
O projeto tem por objetivo estudar a situação de vulnerabilidade social associada à infecção por DST e a construção participativa, de uma proposta, de ações programáticas de prevenção e controle dessas doenças de acordo com o contexto da tríplice fronteira no Alto Solimões.
Financiado pelo Programa Amazonas de Apoio à Pesquisa em Políticas Públicas em Áreas Estratégicas (Poppe/Fapeam), o Assas é coordenado pelo pesquisador e doutorando em saúde coletiva da Fiocruz Amazônia Antônio Levino da Silva Neto. É um estudo interdisciplinar e transversal, que transita pelas áreas da geografia, antropologia, medicina e epidemiologia, com componentes de observação, entrevistas em profundidade, grupos focais e estudos de prevalência das DST e Aids para construir um diagnóstico da vulnerabilidade da população que vive, na área de fronteira, nos municípios de Tabatinga, Atalaia do Norte e Benjamin Constant. Área esta de contexto híbrido onde circulam muitas pessoas com nacionalidades, culturas e interesses diferentes, onde as regras de controle, vigilância e barreiras construídas para um país não é valido para o outro.
O trabalho de campo teve início com a coleta de dados epidemiológicos de DST/Aids existentes, com o levantamento dos recursos humanos e dos serviços de saúde destinados ao atendimento dessas doenças nos municípios pertencentes à área de fronteira, utilizando o registro etnográfico das entrevistas e observação participante. Na primeira fase também foram feitos contatos institucionais e articulações com a comunidade para explicar o modelo de pesquisa que seria desenvolvido e preparar as bases para receber a equipe que executará o trabalho. Para a fase sócioantropológica foi realizado um mapeamento e a marcação dos “pontos quentes” definidos como mapas temáticos, construídos a partir das bases cartográficas das cidades, que mostram as áreas de maior concentração de pessoas em condições de vulnerabilidade às DST/Aids.
Para a segunda fase, do projeto, está prevista a realização de inquérito epidemiológico das principais DST (sífilis, gonorréia, clamídia, hepatite B, HPV e HIV) por meio de entrevistas por questionário a serem aplicados no momento da consulta/coleta de material para os exames laboratoriais e da realização de estudos sobre formas de tratamento e uso de preservativo entre os portadores de DST.
Agecom AM
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