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Câmara quer ouvir agente sobre morte de João Goulart 

O deputado Luiz Couto (PT-PB), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, quer que Mário Neiva Barreto, ex-agente de segurança uruguaio que se encontra desde 2003 no presídio de segurança máxima de Charqueadas, Rio Grande do Sul, seja ouvido

Na solicitação apresentada à comissão no dia 31 de março, que também contou com as assinaturas dos deputados Pedro Wilson (PT-GO) e Pompeo de Mattos (PDT-RS), Couto destaca que as suspeitas passaram a ser indícios quando o ex-agente do regime ditatorial uruguaio nos anos 1970 revelou, em entrevista à Folha de São Paulo em 2008, a participação em uma operação destinada a eliminar João Goulart.



“Conforme a entrevista, o ex-presidente general Ernesto Geisel teria ordenado o assassinato do ex-presidente civil e que coube a militares uruguaios, envolvidos na Operação Condor, realizar o crime”, comenta o parlamentar.



Segundo Barreto, prossegue Luiz Couto, Jango seria envenenado com a troca de medicamentos com efeitos antagônicos aos que ele tomava. “Ele informou, ainda, que o médico legista uruguaio Carlos Milles Golugoss, que havia se especializado na CIA para utilização de venenos, teria comandado a operação”, acrescenta.



Luiz Couto assegura que motivos para as dúvidas que envolvem a morte do ex-presidente não faltam, “por isso, dada à seriedade da denúncia, cabe à Comissão contribuir, no âmbito de suas atribuições, para tentar esclarecer o caso e o primeiro passo nesse sentido é ouvir o informante no presídio”.
 


Fonte: Informes PT