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PT vive o eterno dilema das alianças regionais

Pré-candidata à Presidência da República, a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, terá um encontro na próxima terça (14), na sede nacional do PT em Brasília, com a bancada do partido na Câmara. O tema central será o Programa de Aceleração do Cr

O partido debate a possibilidade em abrir mão das candidaturas ao governo sem muito potencial eleitoral em apoio aos candidatos dos partidos aliados. As negociações também envolvem as duas vagas ao Senado. Com isso, Dilma Rousseff teria bons palanques regionais.


 


A sigla tem o PMDB como o aliado preferencial, embora esteja consciente de que não terá o partido por inteiro na campanha. São Paulo é o maior problema a ser enfrentado. No estado, o ex-governador Orestes Quércia já prometeu o apoio dos peemedebistas ao governador José Serra (SP), principal presidenciável tucano.


 


Diante do abacaxi em São Paulo, os petistas já discutem a possibilidade de ter o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), na vice de Dilma como forma de rivalizar com os aliados de Quércia no estado.


 


Outro problema sério está localizado no Rio de Janeiro. O prefeito de Nova Iquaçu, Lindberg Farias (PT), por exemplo, manifestou aos seus correligionários que não abre mão do direito de concorrer ao governo estadual, embora a sigla avalie que suas chances são remotas.


 


Na perspectiva da formação de um bom palanque regional, a cúpula nacional do partido tem como o ideal o apoio à reeleição do governador Sérgio Cabral (PMDB).


 


Em Minas Gerais, a principal tarefa é demover o ministro das Comunicações, Hélio Costa, da ideia de disputar o governo pelo PMDB.


 


O PT mineiro tem dois pré-candidatos fortes. São eles: o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel e o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias. O partido quer fazer dobradinha com Hélio Costa numa chapa ao Senado.


 


Já no Rio Grande do Sul a situação é mais complicada, uma vez que o partido trava uma disputa histórica com o PMDB.


 


''O PT deve ter juízo e clareza para compreender, na hora de fechar alianças, que os interesses nacionais prevalecem sobre os regionais'', afirmou recentemente o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, candidato a substituir o deputado Ricardo Berzoini (SP) na presidência nacional do partido.


 


Berzoini afirmou que são muitas as dificuldades nos estados. ''Cada Estado tem partidos que, por características regionais, por situações políticas específicas, não podem ou não conseguem apoiar o candidato que o PT indicar ou o PT não consegue participar de uma aliança para apoiar outro candidato'', disse ele à Agência Estado.


 


De Brasília,


Iram Alfaia