Parlamentares e movimentos sociais criticam aumento da tarifa de energia

A Assembleia Legislativa sediou, na manhã desta segunda-feira (20/04), uma reunião entre representantes de diversos movimentos populares, vereadores e deputados. Na pauta, o debate sobre o aumento de 11,25% na tarifa de energia elétrica autorizado pela

Tanto parlamentares quanto representantes de entidades criticaram o acréscimo na conta de luz e argumentaram que a medida vai na contramão das ações tomadas pelos governos Federal e Estadual como forma de amenizar os efeitos da crise financeira internacional. As duas administrações anunciaram redução de diversos impostos.


 


Para Lula Morais, não havia a necessidade da Coelce indicar o aumento à Aneel, pois, nos últimos três anos, somou um lucro líquido de quase R$ 1 bilhão. O valor, ele ressaltou, é o mesmo pelo qual a Companhia foi vendida dez anos atrás no processo de privatização acontecido durante os governos de Fernando Henrique Cardoso e Tasso Jereissati, ambos do PSDB.


 


Segundo o comunista, a Companhia teria condições de diminuir a tarifa, caso deixasse de cobrar o componente a gás embutido na alíquota. O metro cúbico desse produto chega a ser R$ 100,00 mais caro que metro cúbico de água utilizado para gerar energia nas usinas. “Até agora, a Coelce não explicou de onde vem esse gás, porque, no Ceará, ele não é produzido”, garantiu.


 


Da mesma forma, posicionou-se o dirigente da Federação de Bairros e Favelas, Antônio Pereira Costa. De acordo com ele, o acréscimo vai significar cortes de postos de trabalho nas empresas, pois as contas dessas instituições ficarão oneradas e, como forma de contenção de despesas, funcionários serão demitidos. “Nas nossas comunidades, o serviço da Coelce é de má qualidade”, avaliou.


 


Os dirigentes da União Jovem Socialista (UJS) e da Central dos Trabalhadores Brasileiros (CTB), Edilson Cavalcante Fialho e Ricardo Barbosa de Paula, defenderam a derrubada do aumento a partir de intervenções judiciais. Na opinião deles, a implementação do aumento vai reduzir a qualidade de vida da população carente do Estado. “Precisamos tentar reverter esse reajuste exagerado no Ceará, que já é tão pobre”, pontuou Ricardo, sendo complementado por Edilson: “temos que fazer pressão para uma CPI ser formada nesta Casa”.


 


Também participaram do debate membros das associações de moradores do Bom Jardim, Lagamar, Dias Macêdo e Aerolância; o deputado federal Chico Lopes; o senador Inácio Arruda e a vereadora Eliana Gomes, do PCdoB. Todos reclamaram do acréscimo ter sido o dobro do índice inflacionário e cobraram a anulação do aumento. “Isso vai afetar principalmente as indústrias têxteis, que vão demitir seus empregados. O povo precisa ir às ruas e mostrar que é contra”, pediu Eliana.


 


Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social da AL