Bacias do Ceará e Araripe incluídas nas pesquisas da ANP
As Bacias do Ceará e Araripe estão incluídas no Plano Plurianual de Geografia e Geofísica da Agência Nacional de Petróleo, com investimento previsto para o corrente ano. Quem garante é a Superintendente de Definição de Blocos da ANP, Kátia da Silva Duarte
Publicado 23/04/2009 10:29 | Editado 04/03/2020 16:35
Empenhado na realização de pesquisas sobre a possível existência de óleo e petróleo no Cariri, o senador Inácio Arruda esteve reunido em seu gabinete em Brasília, com o Diretor-Geral da Agência Nacional do Petróleo – ANP, Haroldo Lima.
O encontro teve como objetivo sensibilizar a diretoria da ANP para a necessidade de estudos mais profundos na região. “O petróleo do Cariri interessa para o Ceará, principalmente porque vamos ter uma refinaria.
Então, se tivermos petróleo, melhor ainda”, explicou Inácio, acrescentando que “se for encontrado petróleo na região sul do Estado, como alguns estudos vêm demonstrando, o Ceará vai ganhar com os royalties, o que significa mais recursos para os municípios”.
De acordo com a Superintendente de Definição de Blocos da ANP, Kátia da Silva Duarte, para a Bacia do Ceará está previsto um levantamento geoquímico onde serão coletadas amostras de assoalho oceânico visando identificar e caracterizar a presença de geração de óleo e/ou gás na bacia através da detecção de exsudações e/ou micro exsudações desses elementos.
No caso de se detectar a presença de hidrocarbonetos em parte significativa das amostras coletadas, ocorrerá uma importante elevação da atratividade dessa bacia, ou seja, diante de um resultado positivo desse levantamento, será possível a seleção de áreas para a oferta de concessões de blocos em futuras licitações.
A área do levantamento está localizada na porção marítima da Bacia do Ceará, mais precisamente nas extensões das sub-bacias de Piauí, Acaraú e Icaraí. A Bacia do Ceará esta situada na costa do nordeste brasileiro e corresponde à porção das margens continentais adjacentes aos litorais dos Estados do Ceará e Piauí e está limitada a oeste pela Bacia de Barreirinhas e a leste pela Bacia Potiguar. A extensão geográfica do levantamento geoquímico abrange uma área de 9.449,54 km².
Na Bacia do Araripe está previsto um levantamento geoquímico terrestre que consiste na coleta de 2000 amostras de solo, análises laboratoriais e interpretação de dados geoquímicos. Este estudo visa à identificação de possíveis acumulações de hidrocarbonetos em subsuperfície e a delimitação de áreas com maior atratividade exploratória. As amostras de solo serão coletadas, analisadas e interpretadas, abrangendo uma área total de cerca de 7.500 km². Eventuais amostras de óleo ou gás também serão coletadas em macroexsudações porventura detectadas. Da mesma forma que na Bacia do Ceará, no caso de se detectar a presença de hidrocarbonetos em parte significativa das amostras coletadas, ocorrerá uma importante elevação da atratividade da bacia.
Ainda de acordo com Kátia Duarte, a Bacia do Araripe apresenta-se com uma baixíssima densidade de dados, compostos por algumas linhas sísmicas, dados potenciométricos e apenas dois poços perfurados. Embora não possua nenhum sistema petrolífero comprovado, é uma bacia que pode vir a ter interesse exploratório para o futuro. Porém deve-se destacar a elevada percentagem de área sedimentar que coincide com a APA da Chapada do Araripe, onde a atividade de exploração petrolífera irá requerer prévia autorização por parte do órgão ambiental competente.
Fonte: Assessoria de imprensa do Senador Inácio Arruda