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IBGE: desemprego em março subiu para 9%

A Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apurou em março um aumento da  taxa de desocupação, que chegou a 9,0% da popullação ativa, 0,5 ponto percentual maior que a de fevereiro e 0,4 ponto superior a mar

O gerente da pesquisa mensal de emprego do IBGE, Cimar Azeredo, atribuiu a elevação do desemprego juvenil à crise global. “Com a chegada da crise e um número maior de pessoas procurando trabalho, a qualificação e a experiência vão falar ainda mais alto”, disse.



A faixa mais afetada pela crise é a de desocupados com oito a 10 anos de estudo, ou seja, que não completaram o ensino médio. Para esse grupamento, a taxa de desemprego subiu de 10,3% em fevereiro para 11,3% em março. O gráfico ao lado mostra o impacto da crise sobre a série de pesquisas do IBGE.



Índices por região



A variação da população ocupada (21,0 milhões) aumentou em apenas 9 mil pessoas em relação a fevereiro e 184 mil na comparação anual. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (9,3 milhões) manteve-se estatisticamente estável (menos 48 mil pessoas) no mês ecresceu (2,5% ou mais 229 mil pessoas) no ano.



Salvador manteve a condição de região pesquisada com maior taxa de desocupação (a pesquisa do IBGE abrange seis Regiões Metropolitanas): 11,9%. No entanto, cinco anos atrás o número chegava a 17,1%. A segunda pior taxa é a de São Paulo, 10,5%.
Porto Alegre permaneceu como a região pesquisada com menor desemprego: 6,4%. Em segundo lugar veuio Belo Horizonte, com 6,6%.



A indústria foi o setor  mais afetado pelo aumento do desemprego. A taxa no setor praticamente dobrou de outubro do ano passado (3,1%), marco da eclosão da crise, para março deste ano, quando chegou a 6,1%, a maior taxa de desemprego industrial apurada pelo instituto desde julho de 2003. Em fevereiro, a taxa de desemprego havia sido de 5,4% no setor.



Renda subiu 5% no ano



O rendimento médio real habitual dos trabalhadores (R$ 1.321,40) ficou estável no mês e subiu 5,0% frente a março de 2008. O rendimento médio real domiciliar per capita (R$ 850,81) cresceu 1,7%no mês e 4,5% no ano. A massa de rendimento real efetivo dos ocupados (R$ 27,4 bilhões) teve queda de 0,6% no mês e alta de 5,4% em relação a fevereiro de 2008.



Na comparação com o mês anterior, aumentou o rendimento em Salvador (2,2%) e Rio de Janeiro (2,3%), enquanto houve no em Recife (3,5%), Belo Horizonte (1,7%), São Paulo (1,0%) e Porto Alegre (0,5%). Na comparação anual, houve elevação em cinco regiões: Salvador (4,4%), Belo Horizonte (3,2%), Rio de Janeiro (9,2%), São Paulo (4,7%) e Porto Alegre (1,5%). Ocorreu queda em Recife (2,1%).



Os empregados comcarteira assinada no setor privado tiveram renda de R$ 1.261,80 mensais, em queda de 1,2% no mês e alta de 4,7% no ano. Os empregados sem carteira assinada no setor privado receberam em média R$ 867,10, alta de 1,1%, no mês, e de 8,0% no ano. Os militares ou funcionários públicos estatutários permaneceram como a parcela com maior rendimento, R$ 2.288,30, queda de 0,6% no mês e alta de 7,0% no ano. Trabalhadores por conta própria receberam R$ 1.102,10, alta de 0,7% no mês e 2,9% no ano.
Com IBGE



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