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Vídeo pode ser a prova de plano para assassinar Evo Morales

O promotor boliviano Marcelo Sosa apresentou, na noite deste sábado (25), um vídeo em que três supostos terroristas, mortos em uma operação policial no último dia 16, discutiam o suposto plano para assassinar o presidente do país, Evo Morales. O áudio do

“Assim confirmam-se as denúncias de magnícidio (assassinato) feitas pelo presidente após a desarticulação de um suposto grupo de mercenários em uma operação, que resultou na morte de três supostos terroristas”, disse Sosa ao apresentar o vídeo. Segundo o promotor, o plano consistia na colocação de explosivos no barco ou bote utilizado pelo presidente.


 


Há 13 dias, antes da denúncia de um suposto plano, Evo realizou uma reunião de gabinete a bordo de um navio militar, sobre o Titicaca. No vídeo, gravado a partir de um telefone celular, os três homens conversam enquanto uma quarta pessoa se refere ao uso de elementos de nitrato ou nitrito, que daria “maior poder a uma explosão”.


 


Os três supostos terroristas — o romeno Árpád Magyarosi, o irlandês Dwyer Michael Martin e o boliviano Eduardo Rózsa Flores, que tinha cidadanias húngara e croata — foram mortos na madrugada do dia 16 durante investigações das autoridades bolivianas sobre um plano para assassinar o presidente. Na mesma operação, foram presos o húngaro Elot Toazo e o boliviano-croata Mario Tadic Astorga.


 


A gravação, de acordo com Sosa, foi entregue às autoridades por uma “testemunha anônima” e foi divulgada, quebrando o segredo do processo — porque “há outros dois estrangeiros foragidos”, que ainda estariam no país. Após a operação, o governo também decidiu reforçar a segurança do presidente, do vice-presidente, Álvaro García Linera, e de alguns de seus ministros. O ministro do Interior, Alfredo Rada, informou que também será intensificada a segurança dos investigadores envolvidos no caso.


 


A nova prova, apresentada pelo promotor, reforça a denúncia oficial sobre a tentativa de um ataque contra Evo Morales, que havia sido questionada na semana passada, após a divulgação de um vídeo da TV húngara. nesta gravação, Rózsa Flores dizia que iria à Bolívia para defender a autonomia do departamento de Santa Cruz de la Sierra e eventualmente sua separação do país — mas não mencionava nenhum plano para assassinar o presidente.


 


Evo, por sua parte, anunciou que seu governo está preparando um decreto para confiscar os bens dos financiadores do grupo de “mercenários”. Em reunião com dirigentes sociais de seu partido, o presidente boliviano afirmou: “Se algum empresário tem relações com esses mercenários estrangeiros, esse empresário tem que ser preso e entregar todos os seus bens. Não é possível que esses mercenários sejam financiados pelo empresariado”.


 


Há uma semana, o vice de Evo acusou “alguns empresários” de Santa Cruz de financiar atos terroristas. Dirigentes cívicos e empresariais da oposição, após a acusação, pediram que o governo esclareça o caso e não apele a “generalizações”.


 


Da Redação, com informações da Ansa