Sem categoria

Líderes acham difícil financiamento público nas eleições de 2010

Perderam força na Câmara dos Deputados as articulações do PT, DEM, PMDB, PCdoB e PPS favoráveis a um projeto que viabilize já para as eleições de 2010 o financiamento público de campanha e lista partidária fechada. A proposta, bastante criticada na míd

O líder do PCdoB, deputado Daniel Almeida (BA), é taxativo: “Penso que há muita dificuldade, muitas barreiras a serem transportadas e não há sinal evidente que nós vamos fazer mudanças que vigorem no ano que vem.” Segundo ele, não se tem fechado um texto de consenso, apesar da insistência de algumas bancadas apresentarem uma proposta conjunta.


 


Sobre a posição da bancada, Daniel Almeida diz que alguns temas são centrais e estruturantes como o financiamento público exclusivo e lista fechada. “Além disso, nós defendemos que haja espaço para mudança de partido, a tal janela seria necessário. Agora outros temas como fim da coligação proporcional só com mudanças constitucionais. A cláusula de barreira fere o princípio da livre organização partidária e, por essa razão, não há motivo”, defendeu.


 


O líder do PT, deputado Cândido Vaccarezza (SP), também acha difícil que seja construída uma maioria em torno da proposta, o que facilitaria a aprovação das mudanças até outubro, teto para que as medidas pudessem valer nas próximas eleições. Apesar das dificuldades, o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), insiste na aprovação do financiamento e a lista para as próximas eleições.


 


Governo apoia proposta


 


Na estreia como blogueiro nesta terça (12), o líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), defendeu a necessidade de o Brasil fazer a reforma política, com financiamento público de campanha e voto em lista fechada.


 


''Algumas críticas ao sistema de lista decorrem do fato de que alguns acreditam que os eleitores perderão o direito de escolher seu candidato. Na verdade não se perde um direito, pelo contrário: se ganha o direito de votar em vários candidatos. Com a lista, estaremos fortalecendo os partidos e o voto ideológico e programático'', afirma o deputado.


 


Não há sistema político perfeito, reconhece ainda Fontana. ''Mas hoje em dia, um drama da política brasileira, além do personalismo, é o abuso do poder econômico. Você tem que competir com um candidato que gasta dez vezes mais. É como uma corrida em que parte dos corredores já sai na frente.''


 


De Brasília,


Iram Alfaia