Sem categoria

Governistas condenam 'terrorismo da oposição' sobre poupança

O líder do Governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), disse nesta quarta-feira (13) que, apesar do terrorismo da oposição, somente os poupadores que têm aplicado acima de R$ 50 mil terão uma pequena redução nos ganhos por meio da tribut

''O governo Lula usa critérios e respeita os cidadãos. A oposição fez terrorismo, divulgou mentiras, ao afirmar que o atual governo iria confiscar a poupança dos brasileiros. É um ato irresponsável sobre um assunto dessa importância'', disse o líder. Ele participou de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meireles para se informar sobre as medidas.



Segundo Fontana, as declarações mentirosas e irresponsáveis da oposição podem ter prejudicado pessoas que eventualmente migraram para outro investimento e perdido dinheiro.



Para Fontana, a oposição ''dá um tiro no pé'' também ao criticar as novas regras para a poupança. ''O governo teve coragem para fazer algo necessário. E a oposição, o que propõe? Qual é a sugestão da oposição para a poupança, já que, felizmente, temos uma gradativa redução da taxa Selic?'', questionou.



O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), que também participou da reunião do Conselho Político da Coalizão, disse que o objetivo da medida é evitar que a caderneta de poupança se torne instrumento para especulação financeira. ''Politicamente, está claro para todos que foi feita uma política falsa e divulgação de mentiras sobre a posição do governo e, agora, com explicitação das medidas certamente a tranqüilidade fica restabelecida. E todos os poupadores, especialmente os pequenos poupadores até R$ 50 mil, ficam assegurados sem mudança nenhuma''.



Os pobres ricos do PPS, PSDB e DEM


 


Em nota divulgada para a imprensa, a oposição de direita (PPS, DEM e PSDB) diz que as medidas anunciadas pelo governo vão afetar ''o pobre, o aposentado, o trabalhador'' e condena a ''uma tributação permanente na poupança, que guarda o fruto do trabalho do povo. Talvez o convívio secular das lideranças destes partidos com a elite do país tenha tirado deles a noção do que seja a pobreza e o povo.



Os números falam por si: São 89.980.718 o total das cadernetas de poupança no Brasil. Desse total, nada muda para os 80.580.797 poupadores. O saldo nas cadernetas deles vai de R$100 a 5.000. Nada muda tampouco para outros 6.578.444 poupadores que têm de R$5.000,01 a R$20.000. E nada muda para os outros 1.926.621 com saldo nas cadernetas de R$20.000,01 a R$50.000. Ou seja para 89.085.862 poupadores nada muda.



A poupança de 600.894 cadernetas, com saldo de R$50.000,01 a R$100.000 poderá sofrer alguma tributação dependendo do juros da Selic (a Folha fez uma simulação de como seria se a mudança entrasse em vigor hoje e para estas cadernetas o imposto devido será de R$33).



A partir de saldos acima de R$100.000, a proposta do governo federal implicará no pagamento de imposto significativo. São 280.019 cadernetas com saldo de R$100.000,01 a R$500.000. São também os 10.121 poupadores com saldo de R$500.000,01 a 1.000.000 e as 3.822 cadernetas acima de R$1.000.000.



São esses 3.822 poupadores, que podem se dar ao luxo de deixar somas milionárias na popupança, que a oposição PPS, PSDB e DEM denomina ''o pobre, o aposentado, o trabalhador''?



Segundo uma simulação da Folha de S. Paulo, os que têm um saldo de R$200.000 pagariam hoje R$495 de IR e os pouquíssimos com saldo de R$2.000.000 (3.822 pessoas) pagariam um imposto de R$ 6.435. Um valor insignificante para um país que tem uma das maiores desigualdades de renda do mundo.



Da redação,
com agências