Joaquim Barbosa desmembra processo do mensalão tucano de MG
O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), desmembrou, nesta quinta-feira, o processo referente ao suposto esquema conhecido como mensalão mineiro ou mensalão tucano e determinou que as acusações contra o publicitário Marcos Valério
Publicado 14/05/2009 19:25
Segundo a decisão de Joaquim Barbosa, devem permanecer no STF apenas o processo e o julgamento dos crimes imputados ao senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que possui foro privilegiado. Valério, e outros dois acusados – Eduardo Guedes e Cláudio Mourão – responderão ao processo em instâncias inferiores da Justiça Federal, podendo recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao STF.
Segundo o Minitério Público Federal (MPF), o mensalão mineiro foi um esquema que vigorou em 1998, durante a campanha de reeleição de Eduardo Azeredo ao governo de Minas Gerais. Azeredo, que hoje é senador, e outras 14 pessoas foram denunciados em novembro de 2007 pelo procurador-geral da República Antônio Fernando de Souza. Eles foram acusados de terem criado e desenvolvido, em Belo Horizonte, um esquema que, mais tarde, foi utilizado em âmbito nacional naquele que ficou conhecido como o escândalo do mensalão.
Em novembro de 2008, o MPF em Minas Gerais denunciou Marcos Valério Fernandes de Souza e outras 26 pessoas, incluindo diretores e ex-diretores do Banco Rural, por crimes relacionados ao mensalão mineiro.
Segundo a denúncia do procurador-geral da República, foram desviados, pelo menos, R$ 3,5 milhões dos cofres públicos de Minas Gerais para a campanha à reeleição de Eduardo Azeredo.
Fonte: Terra