Com debate e cultura é eleita nova direção do MPM

A artista plástica Hercília Levy realizou um balanço de sua gestão à frente do MPM e se disse feliz com a gradual melhora na situação de violência contra as mulheres da capital. Hercília apontou dados do inicio da década de 90, quando vários assassinatos contra mulheres eram cometidos por razões passionais. “Os homens se consideravam proprietários de suas mulheres, isso mudou.Temos um pouco de participação nisto” comemora.

A professora Bebela Ramos foi reconduzida à presidência da entidade. Para Bebela, o grande desafio do MPM é crescer sua atuação e ganhar mais mentes para a luta emancipacionista. A desvalorização salarial, o preconceito e a falta de oportunidades são, segundo a professora, os principais problemas enfrentados pelas mulheres hoje nas grandes cidades.
 

Bebela apontou desafios que ainda existem em Belo Horizonte. “A situação das creches regionais é uma questão vergonhosa, avançamos pouco na efetivação destes instrumentos de apoio as mulheres”, afirmou.

A deputada federal e militante do MPM, Jô Moraes esteve presente no encontro e destacou a importância da organização para a cidade. “ Nas grandes cidades, a vida das mulheres é ainda mais dura, as jornadas mais acentuadas, as desigualdades mais agravadas. O MPM é uma importante resistência, que se soma ao sentimento progressista de Belo Horizonte”, disse.
 
 
No fim da tarde, uma belíssima apresentação de teatro com temáticas da luta das mulheres foi apresentada pelo grupo Teatro Itinerante da Mulher (TIM), companhia criada por  militantes do MPM. No final do encontro, Dona Valdete, uma das líderes do renomado grupo Meninas de Sinhá, do Alto Vera Cruz, entoou uma ciranda que fechou com alegria a reunião feminista.
 

De Belo Horizonte,
Pedro Leão