Professores protestam nos EUA contra deterioração do ensino
O Sindicato de Professores de Los Angeles (UTLA) fez um protesto nesta quarta-feira (27) contra as demissões anunciadas, em meio aos problemas de orçamento que enfrenta o sistema educativo da cidade, de acordo com informações do diário La Opinión.
Publicado 27/05/2009 17:55
Os manifestantes querem evitar a demissão de milhares de professores e alegam que, se não se mobilizarem agora, os que mais perderão serão os estudantes.
Professores, alunos e pais de famílias se reuniram nesta terça-feira nas proximidades do Distrito Escolar Unificado de Los Angeles (LAUSD) para se reunir aos protestos.
A Junta Diretora do LAUSD, durante reunião efetuada na terça-feira, ouviu as críticas, em sua maioria de professores, contra a remessa de milhares de cartas de demissão.
David Goldberg, representante de UTLA, comentou que, há um mês das férias, pressionam para que não hajam muitos desempregados.
''A partir de julho estarão despedindo milhares de professores e quando as crianças regressarem, em setembro as condições das aulas serão piores'', alertou Goldberg.
Por sua vez, Jasmine Segovia, professora de Matemática da escola secundária Charles Maclay, manifestou seu descontentamento pela iminente demissão de 23 professores da sua escola, quase a metade de seu plantel.
''Nós servimos à comunidade pobre de Pacoima e estes cortes estão afetando muito o esforço deste ano com um novo programa escolar, que melhorou o ambiente de segurança dos alunos'', indicou Jasmine.
Segundo o La Opinión, nenhum dos membros da Junta Diretora do LAUSD fez declarações, só se limitaram a escutar os comentários do público.
Nidia Ovalle, mãe de família que tem dois filhos na escola secundária Los Angeles Academy, localizada no sul da cidade, disse estar preocupada porque, desse plantel, cerca de 20 professores serão despedidos.
''É uma quantidade grande, porque em outras escolas do oeste da cidade não vão despedir nenhum'', comentou Ovalle durante o protesto do LAUSD.
Antes de 1º de julho o LAUSD deverá reduzir cerca de 131 milhões de dólares de seu orçamento para equilibrar suas finanças e, durante as últimas semanas, tem feito ajustes, incluindo o envio de avisos para fechar escolas.