Mery Medeiros: Símbolo de Defesa da Vida
Estas palavras têm para nós seres humanos, humanistas, e patriotas em defesa de uma pátria livre, soberana e solidária, um valor eterno do sentimento altruísta de defesa de uma sociedade digna, e que tenha os direitos de cidadania assegurados pela CARTA M
Publicado 28/05/2009 10:47 | Editado 04/03/2020 17:08
Quero destacar o lúcido e relevante assunto levantado pela voz de um dos mais brilhantes parlamentares da nossa Câmara Municipal de Natal, o vereador e sindicalista George Câmara, eleito pela heróica legenda do glorioso Partido Comunista do Brasil, secção de Natal-RN.
O assunto levado ao conhecimento da opinião pública foi a passagem do dia 26 de maio de 2009, dia consagrado a luta de combate ao Glaucoma no Brasil.
Na locução do parlamentar, o que me tocou a sensibilidade, foi o relato do drama de Abel, de apenas seis (06) anos de idade, portador da insidiosa moléstia que retira do ser humano o direito sagrado da visão, que nos permite ter a plenitude do Direito inalienável a vida.
E foi com profunda emoção dilacerante que no final da tarde chuvosa que, descendo as escadarias da CASA DO POVO, refleti com o melhor dos meus sentimentos, a dor da família e a paciência resignada do terno garoto Abel, que na sua candura de criança é atingido pela dor maior de não ser igual aos seus semelhantes, no período mais rico da sua sofrida existência.
Mas, em contrapartida ainda existem seres humanos que honram a cidadania, e a atividade parlamentar. E o companheiro e bravo lutador social, George Câmara, merece esta denominação, pois na cena potiguar existem detentores de mandatos eletivos, mas infelizmente existem poucos e raros que podem ser tratados e chamados de parlamentares, tendo em vista a falta de decoro e de seriedade no trato das questões sociais, e, diante deste quadro, me pergunto, quando deixaremos de ver e presenciar, dramas de crianças bondosas e afetivas como Abel? A cumprir com resignação o seu destino tão pungente a desafiar a nossa própria capacidade de resistir… Até quando?
Mery Medeiros da Silva – Escritor e Pesquisador Social